quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A culpa de Vercuateren



 O Sporting foi derrotado em casa pelo eterno rival, numa partida em que não há desculpas da arbitragem para justificar a derrota, a equipa só se pode queixar dela própria. Se em muitos jogos anteriores os jogadores foram os principais culpados pelos desaires, no jogo de Segunda-Feira  foi o treinador leonino quem esteve bastante mal.

 Primeira parte interessante do Sporting, saiu para o intervalo a vencer e conseguiu controlar bastante bem a partida. O meio campo fez o seu trabalho de contenção do ataque benfiquista e as saídas de bola rápidas e longas para os extremos e o ponta de lança deram resultado. Na segunda parte o Benfica mudou completamente de atitude e jogou para ganhar, o meio campo e os extremos verde e brancos deixaram de existir e o jogo leonino tornou-se bastante curto. Até ao 1-1 a partida ainda esteve equilibrada, mas a partir do golo do empate (que erro de Carrillo!) o Sporting deixou de conseguir atacar e viu o rival intensificar a pressão e falhar várias oportunidades, mais minuto menos minuto, estava iminente o golo encarnado.

 Têm sido notórias desde o inicio de época as debilidades físicas dos jogadores sportinguistas, algo não foi bem planeado e a fatura está a ser paga. O jogo com o Videoton três dias antes também não ajudou nada, uma vez que os quatro repetentes na equipa estavam a ser fundamentais no desenrolar da partida - principalmente Capel, Insua e Rinaudo.

 Pois bem, é aqui que entra o papel do treinador, o escolhido para juntar a qualidade individual e transformá-la na qualidade da equipa, o mais habilitado no entendimento  do jogo, e o responsável por adaptar a equipa ás fases, aos momentos, e aos contextos da partida. Neste jogo o Sporting precisava disso, não apenas de uma estratégia inicial sem plano b. No momento em que a equipa mas fraquejava, os jogadores precisavam da intervenção do seu comandante. Capel correu e defendeu até não poder mais, Pranjic (o jogador "fetiche" de Vercauteren) nunca deu a vantagem ofensiva que o Sporting devia ter conseguido no 3x2 do meio campo, Elias trabalhou muito mas já lhe faltava discernimento, e pronto! O Sporting tentava manter pelo menos o empate, e o seu treinador estava calmamente no banco (ou seria no café?) a ver o Benfica em ataque e oportunidades constantes, sem nada fazer.

 As substituições existem para um fim, mudar algo que esteja a correr menos bem dentro de campo. É inconcebível Vercauteren apenas ter substituido Carrillo à luz daqui que estava a acontecer à frente dos seus dois olhos. E chega a ser ridículo ter colocado Izmailov - um jogador que podia perfeitamente ter ajudado a equilibrar e dar profundidade ao meio campo - aos oitenta e sete minutos quando a equipa já perdi por três.

 Nesta partida o grande culpado chama-se Franky Vercauteren, que parecia um adepto a assistir tranquilamente a uma partida normal.


P.S-Ricky Van Wolfswinkel, o tal ponta de lança que a imprensa diz ser um dos melhores jogadores leoninos, finalmente fez um jogo mercedor de tal estatuto.



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O "apagão" chamado Rodrigo


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 Contratado em 2010 ao Real Madrid, Rodrigo rodou uma época no futebol inglês até fazer definitivamente parte do plantel encarnado.

 O valor que os responsáveis benfiquistas pagaram por ele (seis milhões de euros) demonstrou grande confiança no seu potencial, e os seus vinte anos de idade eram a altura certa para Jesus intervir e lapidar mais um diamante. Tudo correu mais rápido que o previsto, e a temporada 2011/2012 passou de temporada de adaptação para temporada de explosão, desta forma o jovem espanhol conseguiu ser decisivo em vários jogos, incluindo na Champions.

 Depois de quatorze golos marcados, chegou o embate em São Petersburgo, frente ao Zenit na primeira mão dos oitavos-de-final da Champions, aí a famosa entrada ríspida de Bruno Alves sobre o avançado "afetou-o" até aos dias de hoje.

 O jogador nunca mais foi o mesmo, os golos começaram a escassear, o poder de explosão diminuiu, a velocidade não é a mesma, e todo o seu processo evolutivo parece que estagnou. É recorrente, tanto pela imprensa como pela generalidade dos adeptos, justificar este "apagão" com a falta violentíssima de Bruno Alves, como se o internacional português tivesse cometido uma infração de tamanha gravidade que afetou até ao presente a perna do espanhol. Bruno Alves tinha de ser bastante engenhoso para lesionar o seu adversário, de maneira a que ele continue a jogar e ao mesmo tempo ainda esteja a sofrer as consequências do tal "carrinho".

 O futebol português (desde a imprensa, dirigentes, jogadores e adeptos) tem a particularidade de justificar os assuntos, de maneira irracional e muito pouco coerente, não pensando realmente se algumas justificações fazem sentido. A imprensa precisa de vender jornais e os adeptos de um bode expiatório, nada melhor que "falteiro" do defesa que era capitão do grande rival, para réu deste julgamento. Junta-se o útil ao agradável.

 Curioso é verificar a transformação que sucede quando representa a seleção sub-21 espanhola, o apagado vira máquina e o resultado são golos atrás de golos, tanto que está muito perto de ser o goleador recordista deste escalão espanhol. Se há uma mudança de rendimento tão grande entre clube e seleção, qual é então o verdadeiro problema de Rodrigo no Benfica? Obviamente que o fator mental está a pesar bastante. Depois da explosão no clube o jovem não aguentou a pressão de ser uma das estrelas encarnadas, e isso afetou bastante o seu rendimento, os golos foram desaparecendo e os níveis de confiança desceram abruptamente, uma vez que a tenra idade do avançado é propícia a sensações extremas, quando as coisas correm bem sente-se o melhor do mundo quando correm mal (que tem sido o caso) sente-se o pior do mundo. Depois das férias e da pré-época, onde as coisas pareciam estar reestabelecidas e os tentos voltaram a aparecer, chegou um homem chamado Lima, que se impôs rapidamente no onze principal e delegou o espanhol para segundo plano, afetando uma vez mais o seu rendimento e consequentemente os seus níveis de confiança.

 A qualidade técnica continua lá, mas Rodrigo só irá chegar ao patamar de excelência quando conseguir suportar toda a pressão a que um craque (principalmente de um clube grande como o Benfica) está sujeito. É aqui que entra Jorge Jesus, cabe ao técnico português trabalhar os índices psicológicos do jogador, planificando bem a sua utilização, e fazê-lo crescer , pois nessa altura terá definitivamente dado o salto.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A falta de pré-época leonina


 Quando se olha para a versão 2012/2013 do Sporting vê-se uma equipa que voltou agora dos banhos de sol do Verão e está a iniciar a pré-época.

 Este plantel é dos melhores que passaram por Alvalade neste século, tem jogadores bastante experientes com credenciais já confirmadas (Boulahrouz, Capel, Patrício, Pranjic ou Schaars) e jovens promessas com tudo para despontar (Cedric, Carrillo ou Viola). era portanto perfeitamente justificável a confiança dos adeptos nesta época, o título podia ser bastante difícil mas havia matéria prima para entrar na sua discussão.

 A evolução natural das coisas ditaria que após vários jogos de preparação e treinos intensivos a equipa adquirisse a forma física desejável, as bases táticas estariam tranquilamente assimiladas e a adaptação e o entrosamento o dos novos jogadores já estaria bastante avançado. Tudo isto seria plenamente ajudado e acelerado por toda a qualidade de executantes que o clube conseguiu reunir.

 O problema (e que problema!) é que nada disto correu como o esperado, e aqui é que entram as muitas culpas que Sá Pinto tem no cartório. Passados quase seis meses desde que se iniciou a pré-época, a equipa parece não ter saído do ponto inicial. Não há um onze base, já que jogo após jogo a equipa sofre uma razia e tudo é mudado, fruto desta indefinição dos titulares o meio campo, que é o coração tático de qualquer equipa, não tem uma base solidificada; e os jogadores não funcionam em bloco, tudo é desorganizado, seja as pressão, as desmarcações, ou a posse de bola, não há uma filosofia homogénea de equipa, cada um faz aquilo que acha.

 Para além de tudo, a vertente física, que é aquela onde se parte do princípio que o clube não irá ter grandes problemas, está abaixo do exigível. Schaars veio dizer, a propósito da saída de Sá Pinto, que a preparação física tinha sido pouco intensa, e Vercauten tem dado uma importância fora do comum aos treinos físicos (fazendo muitas vezes treinos bidiários), também aqui a equipa não progrediu muito desde Junho.

 Apesar de todo o seu Sportinguismo e da lealdade com que treinou o clube, penso que o Sporting com um treinador "a sério" não tinha desbaratado esta época da maneira infantil como tudo aconteceu ( e está a acontecer).

E porque não o melhor Guarda Redes do mundo?


 Numa altura em que foram divulgados os nomes dos vinte e três jogadores que vão concorrer ao prémio Fifa de melhor jogador do mundo, é interessante debater se faz ou não sentido existir também um prémio Fifa para o melhor guarda redes do mundo.

 Quer queiramos quer não o guarda redes é uma posição completamente diferente das outras dez, pode estar um jogo inteiro a apanhar frio e a olhar para o ar e numa fração de segundo ter de salvar a equipa com uma grande defesa, ou estar uma partida inteira a ser "bombardeado" sem poder fazer nada (para além de defender os remates); é uma posição que exige um treino próprio (por alguma razão todos os plantéis têm um treinador de guarda redes) e uma leitura diferente do jogo, uma vez que todas as intervenções destes "homens das luvas" têm de primar pela máxima eficácia, sob a pena do mínimo erro poder ditar um golo sofrido.

 Olhando para os nomeados apenas Buffon, Casillas e Neuer figuram na lista, a verdade é que mesmo com excelentes guarda redes a espalhar magia por esses campos fora, esta posição está semrpe condenada a um papel secundário. Se o artista falhar um golo isolado ou uma finta no meio campo ninguém repara, se o guarda redes passa o jogo inteiro a evitar tudo o que é golo mas tem uma falha, esta fica memória de todos e as grandes defesas passam para segundo plano. Quase que podemos afirmar que dos jogadores de campo ficam as lembranças boas, dos guarda redes ficam as lembranças más.

 Infelizmente não o vi atuar, mas Lev Yashin devia mesmo ser um extraterrestre para ser o único guarda redes da história a ser considerado melhor jogador do mundo (neste caso pela France Football). É um crime que Kahn, Buffon ou Casillas nunca tenham tido uma distinção individual a nível mundial, digna da sua classe. Por toda a ingratidão da posição que ocupam estes "guardiões de templos" mereceriam ter um prémio só para eles.

 Se continuarmos como estamos, os anos passarão e os vencedores serão sempre os mesmo...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Críticas pouco coerentes


 O jogo desta Quarta Feira entre a seleção portuguesa e o Gabão teve mais polémica que futebol, não por erros de arbitragem ou um resultado escandaloso, simplesmente porque os jogadores portugueses fizeram uma viagem bastante longa para disputarem um encontro de carácter particular contra uma seleção de terceira categoria, "apenas" por dinheiro.

 A semana foi rica nas críticas ao "oportunismo" da FPF, acusada de pensar apenas nas finanças em detrimento dos jogadores e da credibilidade de Portugal enquanto seleção. Resumidamente, os jogadores nacionais fizeram uma viagem de mais de dez mil quilómetros, abandonando os seus clubes, para defrontarem um país sem nenhuma expressão futebolística, num relvado que podia perfeitamente ser comparado a uma horta, empatando 2-2 e deixando a federação com oitocentos mil euros no bolso.

 Acho um absurdo esta crítica gratuita aos responsáveis da nossa seleção, fala-se deste encontro como um negócio em que a FPF quis lucrar oitocentos mil euros como se de uma empresa privada se tratasse, mas todos esquecem que essa grande quantia monetária entrou nos cofres da equipa de todos nós. Quando falamos de camadas jovens, clubes profissionais e amadores,  infra-estruturas futebolísticas, futebol feminino, futsal, futebol de praia, e claro a Seleção A, tudo isto tem custos e apoios que não caem do céu, já que vêm da FPF que obviamente precisa de maximizar e diversificar as receitas - particularmente na conjuntura económica que estamos a viver.

 A Espanha foi "ganhar dinheiro" ao Panamá, a Argentina à Arábia Saudita, tal como o Brasil já tinha feito com o Gabão, são das seleções mais prestigiadas do mundo e aproveitam esse facto para sustentarem as suas finanças. O "efeito Cristiano Ronaldo" ajuda bastante à visibilidade nacional (aliando aos bons resultados e bom futebol que o mundo tem visto de Portugal), põe-nos no patamar da frente e não podemos desperdiçar isso.



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Champions a fugir


 A 4ª jornada da Liga dos Campeões teve um sabor agridoce para os benfiquistas, se a vitória sobre o Spartak de Moscovo colocou um sorriso na cara dos adeptos, a vitória do Celtic sobre o Barcelona deixou esse sorriso a meio. As contas são simples de fazer, o Benfica tem de ganhar ao Celtic em casa e ir pontuar (provavelmente vencer) a Camp Nou - apesar de uma derrota com os catalães poder dar na mesma o apuramento, dependendo do resultado do outro jogo.

 A passagem aos oitavos era um dos objectivos prioritários do clube para esta época, depois do sorteio passou a ser ainda mais prioritário, pois a qualidade do plantel exigia um  apuramento atrás do todo poderoso Barcelona. Teoricamente empatar em casa dos escoceses e dos russos e ganhar aos dois na Luz garantia um caminho tranquilo rumo ao 2º lugar do grupo, os jogos com o vice campeão espanhol serviriam para tentar uma surpresa.

 Neste planificação de resultados o Benfica teve dois problemas: derrota em Moscovo e a vitória escocesa sobre o Barcelona, o desaire em Luzhniki era um imprevisto facilmente ultrapassável, mas a derrota catalã no Celtic Park foi um grande murro no estômago. Em cada 10 jogos o Barcelona tem 1 mau, portanto é impossível antever quando a equipa "Blaugrana"  perderá pontos, calhou a fava ao Celtic e inflelizmente para o clube português, não deverá calhar a mais ninguém.

 Na recepção aos "católicos" com mais ou menos dificuldade os homens de Jorge Jesus deverão conseguir a vitória, no jogo da decisão por mais bem preparada (fisica, técnica e tacticamente) que a equipa esteja será muito difícil sair de Camp Nou com pontos, quanto mais com a vitória. Se os astros forem simpáticos com o Benfica, talvez haja uma conjugação de factores que proporcione, pelo menos, o empate nos dois campos (Campo Nou e Celtic Park), dando o tão desejado apuramento às "águias".

 O que aqui se fala não é brincadeira, já que parte da sustentabilidade financeira do clube vem dos milhões da Champions, quer directos, pelos bónus de vitória de apuramento, receita de bilheteira , e transmissões televisivas; quer indirectos, pela valorização dos jogadores e divulgação do nome "Benfica".

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Quando "B" é melhor que "A"

 
 Depressão, esta talvez seja a melhor palavra para definir a actual situação leonina, não se marcam golos, não se ganham jogos, e as exibições são confrangedoras. Eliminação da Taça, último lugar na Europa, e 10º lugar na Liga, era impossível fazer pior.

 Acrescentemos um "B" à frente da palavra "Sporting": vitórias, golos, exibições de alto nível, e o comando da Segunda Liga. Os jovens leõezinhos são os lideres destacados do seu campeonato, respiram confiança e estão num nível bastante superior ao das outras equipas B.

 É uma situação paradoxal esta que o clube verde e branco vive, a equipa A desilude, a equipa B supera as expectativas. No entanto é um bom momento para se reflectir e tirar os proveitos que a situação exige. O Sporting não pode de maneira nenhuma ignorar a matéria prima que tem, dá gosto ver os "miúdos" jogar com total entrosamento, toque curto e bola no pé, assumindo a partida em qualquer campo. A principal equipa precisa deles!

 Este novo ciclo marcado pela reformulação directiva e a contratação do técnico Franky Vercauteren, tem de ter uma estratégia coerente e realista. O titulo esta época já não passa de algo lá longe na linha do horizonte, a Champions sim é o objectivo pelo qual a equipa tem de lutar, portanto Vercauteren precisa de calma e ir pensando jogo a jogo para pôr o motor - cuja qualidade é bastante boa - a trabalhar. O belga vem de um país em que a aposta na formação começa a dar grandes frutos - que o digam Witsel ou Hazard - e já foi responsável pela descoberta de vários talentos nos clubes onde treinou, em Alvalade se lhe for dado tempo e espaço poderá muito bem fazer o mesmo.

 A situação financeira já não admite grandes aventuras no mercado e como consequência das contratações na era Godinho Lopes o plantel tem uma espinha dorsal experiente e de boa qualidade - embora actualmente tenha havido uma "evaporação" dessa qualidade -, está então na altura de voltar a recrutar na formação, para aparecerem mais Ronaldos, Nanis e Vianas. A selecção também agradece.

 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Eleições na Luz

 Depois do passo em falso na Champions o emblema da Luz joga sexta feira uma cartada muito importante para o seu futuro, entre Vieira e Rangel um destes será o próximo presidente do Benfica..

 Como bom principio democrático a diferença de opiniões é sempre bem vinda - desde que levada de forma equilibrada -, e nesse aspecto a candidatura de Rangel é bastante saudável para o clube. Independentemente do vencedor os benfiquistas têm à sua frente duas propostas com diferenças bem vincadas, entre a continuidade ou a renovação os sócios têm a oportunidade de votar naquilo que realmente acham melhor para o emblema. Seria negativo se os votantes só pudessem escolher entre Vieira e o voto em branco, ou entre Vieira e um qualquer candidato apenas há procura de protagonismo.

 Vieira apresenta como trunfos eleitorais todo o trabalho de credibilização que fez no clube, tanto a nível financeiro, conseguindo corrigir grande parte dos muitos "buracos" que Vale e Azevedo deixou, como a nível desportivo (principalmente na vertente externa) uma vez que o nome "Benfica" voltou a ser conhecido na Europa, para isto muito contribuíram as vendas milionárias e as regulares participações na Champions -  terceira presença consecutiva -, e por outro lado todos os projectos que edificou, como a Fundação Benfica, ou a Benfica TV. Rangel é unanimemente conhecido como alguém com grande seriedade e sentido de responsabilidade, com grande paixão pelo Benfica, o seu maior objectivo será mudar drasticamente o topo da pirâmide encarnada muito criticada pela excessiva opacidade, com resultados financeiros, transferências e negócios que carecem de explicações, sem se saber ao certo qual o seu real impacto nas finanças do clube e dos seus intervenientes - direcção, empresários, empresas, etc. O pico da pirâmide tem um sistema politico "ditatorial", e esse é outro dos aspectos que o juiz quer alterar, trazendo mais democracia ás decisões do clube.

 Ambos concordam que o titulo nacional é algo prioritário para uma verdadeira aproximação ao rival do Norte, no entanto propõem diferentes caminhos para se chegar a esse destino. E se Vieira é o claro favorito, Rangel não pode de maneira nenhuma ser menosprezado, com a consequência de acontecer uma grande surpresa.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Um clube de "papagaios"


 Mais uma vez as coisas não andam bem pelo reino do Leão, os resultados vão de mal a pior, o treinador tarda em ser apresentado, e os homens fortes da direcção bateram com a porta, previsivelmente é sobre Godinho Lopes (GL) que têm recaído as críticas. O presidente da SAD nunca se livrou da forma polémica - mas legal - como foi eleito, não conseguiu os resultados desportivos pretendidos e já vai em dois técnicos demitidos.

 Não quero discutir se GL está ou não bem no cargo, pois há outro assunto que considero bem mais grave, a quantidade de "papagaios" que uma instituição como o Sporting Clube de Portugal tem. Quando o clube está bem o treinador é o melhor do mundo, e o presidente um líder supremo, quando os bons resultados começam a escassear dá-se uma metamorfose mediática e as críticas surgem de todos os cantos, feitas por "sportinguistas" de nome. O treinador passa a pior do mundo e o presidente a incompetente.

 Felizmente vivemos numa democracia onde a liberdade de expressão é um valor elementar, no entanto, não convém que esse valor seja usado de forma abusiva, e no Sporting é. Como é possível que antes das eleições todos os candidatos concordassem que o clube tinha de falar a uma só voz e um ano depois três dos derrotados - saudável excepção feita a Abrantes Mendes - venham constantemente à comunicação social criticar e apresentar propostas demagogas? Ou antigos dirigentes - que sabem perfeitamente a dificuldade de liderar o clube - aparecerem por vezes nos media criticando abertamente tudo o que está a ser feito sem apresentarem alguma alternativa credível. Há ainda o peculiar caso de Eduardo Barroso que como presidente da Assembleia Geral do clube, em vez de se preocupar exclusivamente com os assuntos da sua jurisdição, parece um candidato da oposição que semana após semana manda recadinhos à direcção.

 É aflitivo ouvir e ler "O Sporting precisa de estabilidade e não pode ter várias vozes constantemente a opinarem sobre o clube" de pessoas - que têm ou já tiveram ligação ao Sporting - completamente hipócritas que no parágrafo seguinte já estão a "tagarelar" sobre o que o clube devia ou não fazer. Por Alvalade "papagaios" há muitos e o seu chilrear é bastante incomodativo, contribuindo para a instabilidade crónica que afecta o emblema.

 Os constantes presidentes têm muita culpa no cartório, mas estes falsos sportinguistas deviam ser irradiados de qualquer ligação ao clube, porque mais importante que o seu próprio umbigo é uma instituição fundada em 1906 com mais de um século de história inesquecível e feitos magníficos.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

CR7, Diferenças Entre o Clube e Selecção




 Na última Sexta a selecção nacional falhou o primeiro teste decisivo - o outro é apenas em 2013 - para se apurar tranquilamente para o Mundial 2014. Foi um desafio bastante equilibrado, a posse de bola e o comando do jogo foram inteiramente lusos no entanto faltou objectividade e definição dos ataques no último terço do campo russo. Os homens de Capello com a sua estratégia mega defensiva conseguiram controlar grande parte do encontro, e com uma atenção redobrada sobre a estrela portuguesa fizeram com que Ronaldo acabasse o jogo com um rendimento quase nulo, fruto de uma marcação fortíssima do qual o português nunca se conseguiu libertar.

 As equipas de topo que jogam em 4-3-3 (ou 4-2-3-1), costumam ter a sua estratégia montada para que os 4 homens mais atacantes sejam capazes de decidir a partida a qualquer momento, um dos grandes exemplos é o R.Madrid, com Ronaldo, Di Maria, Ozil e Benzema a comporem um quarteto demolidor; por mais qualidade táctica e defensiva que a equipa adversária tenha, é praticamente impossível estar 90 minutos a aguentar com o poder de fogo "blanco", e é esta a grande vantagem do extremo português na equipa madrilena. É impossível dedicar-lhe grande atenção especial porque existem muitos mais com que se preocupar, sob a pena de deixar o corredor oposto desprotegido para Di Maria, ou a zona central propícia aos passes de Ozil, deste modo se não é o capitão nacional a inventar situações é ele a usufruir das situações que os seus companheiros criaram.

 Na equipa de Bento falta um ponta de lança e um verdadeiro nº10, tornando muito mais fácil o trabalho dos defesas, em Luzhniki - como em vários outros encontros - o espaço deixado pela forte marcação a Ronaldo não foi aproveitado por nenhum dos seus colegas. Postiga não é um ponta de lança com capacidade para criar oportunidades sozinho - e os seus níveis de eficácia também não ajudam muito - ,Moutinho é um 8 de classe mundial  mas como 10 não se consegue assumir como o patrão do meio campo que recebe todo o jogo e o distribui pelo ataque, Nani apesar de ser um dos melhores extremos do mundo - e aquele que melhor aproveita os espaços que a marcação a Ronaldo cria - eclipsou desde que iniciou a época e os seus níveis de concentração e motivação estão muito abaixo do pretendido.

 Muito mais que criticar CR7 convém começar a olhar para a falta de opções - actuais e futuras - que a nossa selecção demonstra em locais do terreno cuja capacidade de fazer a diferença é essencial, vejo futuro em Nelson Oliveira e pouco mais.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Por Terras de Sua Majestade


 E pronto! Chegámos ao momento da época em que as qualificações substituem os campeonatos, tal como a selecções os clubes. Com mais de um quinto de época jogado é interessante verificar como anda a tabela classificativa nas principais ligas europeias. Fruto desta fase ainda inicial é difícil assumir quantos candidatos se mostrarão à altura destas longas travessias com perto de 40 paragens, apenas em Inglaterra os intervenientes do percurso estão claramente identificados, um mora em Londres, dois em Manchester - para efeitos da expectativa sobre quem serão os candidatos ao título a Liga Espanhola, pelos motivos que se sabem, não entra neste leque.

 Se no defeso era bastante previsível uma luta bicéfala pelo trono da Premier League, com 7 partidas efectuadas o Chelsea tem mostrado o porquê de mais uma vez o seu presidente ter gasto milhões em reforços. Di Mateo está a conseguir aliar  a consistência defensiva do final da época passada, com uma maior largura no campo. Os Blues defendem de forma eximia e têm um meio campo fortíssimo  - Óscar e (principalmente) Hazard vieram ajudar muito - funcionando como o coração de toda a máquina azul, principalmente na vertente atacante já que compensa de forma exemplar as debilidades dos pontas de lança do clube.

 O que os londrinos têm a menos os seus rivais possuem a mais, tanto o United como o City têm frentes de ataque fabulosas, ter Rooney e Van Persie, e Aguero e Dzeko na mesma equipa, inveja qualquer um; contudo para este ataque impressionante está uma defesa algo permissiva juntamente com um "miolo" do meio campo com algumas brechas, que por vezes desiquilibra o futebol dos dois gigantes ingleses.

 A palavra chave tem sido consistência - capacidade das equipas em cometerem poucos erros e serem objectivas - é com (ou sem) ela que o Chelsea ainda não perdeu pontos e que os Manchester Clubs  têm tido alguns acidentes de percurso. No entanto, com mais de 30 partidas para efectuar ainda muito vai acontecer, veremos quem conseguirá encontrar o melhor equilíbrio defesa/ataque.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Tectos Salariais


 Esta espiral tremendamente capitalista - alimentada por empréstimos crónicos - em que os clubes entraram, tem de mudar, o buraco está demasiado escuro e qualquer dia a luz apaga-se de vez. Tanto os grandes nacionais como internacionais têm uma infindável quantidade de zeros nos seus passivos, número inimagináveis, apenas pagos ou pela constante contracção de dívida, ou pelos "paizinhos" russos e árabes.

 Parece retórica mas algo tem de urgentemente ser feito, emblemas com dezenas e centenas de anos de história - muita dela brilhante e emocionante - não podem ficar à mercê de bancos ou de estrangeiros que mal conhecem o seu passado. De entre todas as medidas que se tem falado muitas delas são demasiado complexas e ambiciosas, no entanto há uma bastante simples, estabelecer tectos salariais para os jogadores.

 Muito se fala em encontrar fontes extra de receita, desde a aposta na formação, renegociação da dívida com os credores, etc. tudo isso pode e deve ser feito, mas há que ter a consciência que os resultados financeiros não chegarão de um dia para o outro. Por outro lado se a FIFA decidisse que os clubes não podiam passar de um limite salarial por jogador a poupança a curto prazo seria enorme, pois como todos os emblemas estariam em pé de igualdade, renovações constantes de contrato para segurar os atletas, e aliciamentos de outros clubes com ordenados estratosféricos, diminuiriam drasticamente. Por seu turno, as estrelas continuariam milionárias mas com menos uns milhões, não seria nenhum rombo nas suas contas bancárias - menos um Ferrari e uma casa na praia.

 Pensemos num clube como o R.Madrid: receitas enormes, despesas enormes, passivo enorme; se analisarmos detalhadamente os gastos madrilenos é notório o grande peso dos ordenados nas contas finais. Imaginemos que os futebolistas teriam de reduzir os seus ganhos anuais em 25 %, Ronaldo em vez de 12 passaria a receber 9 milhões, Kaká desceria de 9 para 6,75 milhões, Casillas veria os seus 6 encolherem para 4,5 milhões... Bastam estas simples contas para demonstrar que os clubes poderiam usar esta poupança para abater dívida e tornarem-se mais independentes daqueles que lhes querem "por a mão".

 Obviamente muita gente influente iria ficar "triste" com estes milhões a menos, contudo está na altura do órgão supremos do futebol mundial deixar de pensar nos 1% e fazer justiça com os 99%. Poderia ser uma diminuição gradual - até 50% do que se pratica agora, por exemplo - o importante é que tornaria esta realidade injusta um pouco mais justa.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O fosso continua



 O famoso fosso do Estádio de Alvalade continua "vivo" e até ordem contrária assim continuará. Depois das várias críticas devido à distância das bancadas para o relvado, e (principalmente) desde que dois adeptos ficaram feridos ao caírem para esse "buraco", muito se falou da necessidade de uma mudança, mais concretamente a substituição do fosso por lugares sentados. Mas já quando foi eleito o presidente Godinho Lopes usou o fim do fosso como promessa eleitoral.

 A débil situação financeira que o clube apresenta dá uma margem mínima à realização de grandes investimentos, deste modo, o gasto de alguns milhões na construção das novas bancadas nunca poderia ir para à frente sem uma garantia razoável de retorno financeiro. No final da última época a direcção decidiu então lançar uma campanha de pré-compra destes novos lugares, estava assim encontrada a receita para a construção da infra-estrutura.

 Estamos em Agosto, o campeonato já começou e a obra nem vê-la, a direcção avisou que a construção estava dependente de uma elevada adesão há campanha mas o preço de 750€ é pouco convidativo na actual conjuntura (mesmo que o lugar estivesse reservado por 11 épocas). Tudo isto se passa sem a direcção dar a mínima informação, explicação ou comunicado.

 E assim os sportinguistas vêm outra promessa eleitoral fugir-lhes...

sábado, 9 de junho de 2012

A pseudo importância dos particulares



 Depois de festejarmos efusivamente a emotiva qualificação para o Euro 2012, veio a depressão e as frustrações véspera do início da grande prova. Os jogos particulares mostraram uma selecção desinspirada, com evidentes dificuldades no plano da finalização e bastantes erros na defesa, resumindo, viu-se uma equipa que parece não estar preparada para enfrentar colossos como Alemanha e Holanda.

 Se algumas das preocupações são legitimas, é também legitimo reflectir sobre a real importância dos jogos particulares. Estas partidas servem exclusivamente para dar minutos e definir as rotinas esquecidas por um grupo de jogadores que mal se vê durante a temporada, são importantes para o treinador avaliar posições que ainda não tenham o seu natural ocupante, e interessam para testar novas nuances ou sistemas tácticos. Os níveis motivacionais estão muito longe da competição à séria e as preocupações com lesões são evidentes e compreensíveis.

 Quando a chegarmos ao dia de amanhã tudo será diferente, a competição vai realmente começar e os jogadores entram num mundo à parte, o verdadeiro mundo futebolístico. Muitos mais que os resultados ou exibições dos amigáveis, aqui, os níveis motivacionais e a concentração estão no máximo, tanto a pressão como a concentração são dois factores importantíssimos para se ganhar vantagem, e essa só vai ser decidida nos pequenos pormenores. Por outro lado, esta teoria de que a selecção parte com a pressão de ter falhado nos particulares, é algo subjectiva, pois se os resultados tivessem sido outros, partiríamos com a pressão de justificar os excelentes jogos amigáveis.

 É bom lembrar casos como o Mundial 2002 onde o excesso de confiança deu lugar a um descalabro, ou o Euro 2004 cujos particulares com as equipas da prova redundaram em vários resultados negativos.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Rafael Porcellis pode reforçar Equipa B leonina

 O Sporting contínua tranquilamente a preparar a sua Equipa B para a temporada que se avizinha, e é do Fátima que pode vir o próximo reforço. Tem o nome de Rafael Porcellis, é brasileiro e joga no centro do ataque. Pelo consegui apurar, o clube leonino e o campeão da II divisão Zona Sul estão em conversações com o jogador a mostrar-se muito entusiasmado com esta possibilidade de representar um grande.

 Para além do título colectivo, o avançado de 25 anos foi o segundo melhor marcador do campeonato com 16 tiros certeiros, actuando em 24 partidas (mais 2 do mini-torneio para apurar os promovidos à Liga de Honra). Através dos seus 1.86m e 81kg destaca-se pelo seu físico imponente tornando-o sempre na principal referência ofensiva da equipa. O Fátima é a sua segunda experiência na Europa, uma vez que já tinha passado pelo campeonato sueco.

 Aos poucos o Sporting vai definindo a sua segunda equipa, esperam-se mais novidades nos próximos dias.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Diogo Salomão não ficará no plantel

 O Sporting contínua a formar ao seu plantel para a nova época, com os problemas financeiros que assolam o clube os jogadores emprestados ganham especial preponderância. Entre o lote de possíveis regressos enquadrava-se o jovem Diogo Salomão, mas o Futmania sabe que o retorno do extremo não está nos planos da equipa técnica, pelo menos na temporada.

 Depois de um primeiro ano interessante em Alvalade, o Sporting decidiu emprestar o ex Massamá ao Deportivo da Corunha com objectivo de fazê-lo ganhar minutos e experiência. O médio não defraudou as expectativas efectuando uma época positiva, onde actuou em 31 partidas, marcou 4 golos e foi responsável por 5 assistências. A nível colectivo conseguiu sagrar-se campeão da 2º Liga Espanhola, participando no regresso do histórico clube galego à 1º divisão.

 A abundância de qualidade nas faixas parece ser o factor mais decisivo para a exclusão do extremo desta nova temporada leonina. O jogador já admitiu sentir-se bastante feliz no Riazor e um novo empréstimo é a solução mais provável, caso haja interessados a direcção também estará aberta a discutir uma possível venda, já que dinheiro fresco é ouro nesta altura. Com uma boa margem de progressão e uma cláusula de 30 milhões, veremos o que de concreto acontecerá ao futuro deste jovem.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Batalha dos Deuses



 Pelé, Maradona, Cruyff, ou Zidane, marcaram uma era, cada um no seu tempo eram magos adorados e unânimes, jogavam e faziam jogar, marcavam e davam a marcar, sem rival à altura. O futebol é assim, marcado por reinados de reis incontornáveis com espada e escudo invenciveis. Chegamos ao final da 1ºdécada do séc XXI, o trono de um rei deu lugar ao cadeirão de dois deuses.

 O mundo futebolístico tem sido assolado por um "conflito" que parece não ter fim à vista, as suas proporções têm atingido uma dimensão mitológica. Sem força bruta, tamanho gigantesco, ou nome de Vénus e Marte,mas com técnica, velocidade e o nome de Cristiano Ronaldo e Messi, estes dois homens protagonizam uma rivalidade sem precedentes no futebol mundial.

 É um choque do futebol actual e moderno com o jogo de rua e o futebol do antigamente. Ronaldo é o expoente máximo do jogador tipo do séc XXI, enorme ambição e capacidade de trabalho, características físicas exploradas para lá do máximo e argumentos técnicos bastante completos. Messi no meio do seu metro e setenta lembra um menino que nunca deixou as suas "peladinhas" com os amigos, todo o seu futebol parece fácil,  dono de uma técnica monstruosa e de um pé esquerdo que deveria ser estudado, é no instinto de jogo que se demarca de qualquer outro, "La Pulga" tem o dom de prever os movimentos do adversário fará e deste forma o exercício de lhe tirar a bola é algo quase impossível.

 Para estas duas "criaturas" o acto do golo é demasiado simples, assistência idem, e as vitórias são parte da rotina; aquilo que realmente os motiva são os recordes. A fasquia tornou-se altíssima, um remate certeiro por partida é pouco e cada semana passada há um recorde batido, apenas o céu é o limite.

 Não adianta aqui dizer quem é o melhor ou incidir nas prestações menos conseguidas na selecção, apenas saliento que é um prazer desfrutar do futebol na era de Messi e Cristiano Ronaldo.

sábado, 5 de maio de 2012

É Jesus e merece oportunidade


Este cantinho da Europa é feito de manias, uma delas é a de se despedir treinadores como quem compra telemóveis, é algo que faz parte da rotina do nosso futebol. Jesus está a ser alvo da impaciência característica das adeptos portugueses, e corre o risco de ser mais um apanhado na rotina.

 Bastam 5 minutos de reflexão para  arranjar mil e um defeitos ao treinador português: desde os problemas comunicativos, o excesso de confiança, a má gestão física, ou as constantes derrotas para o rival nortenho. O técnico errou muitas vezes e foi raro admitir isso, mas mais errado seria o presidente demiti-lo no final da época.

 Jesus conseguiu pôr os encarnados a meter (verdadeiramente) medo aos adversários, algo que não se via há (bastantes) anos. Foi possível ver um Benfica "papão" e a Luz voltou a ser um inferno vermelho; nenhum benfiquista pode negar a felicidade que sentiu ao ver o seu clube retornar às goleadas e ao bom futebol. A Europa lembrou-se outra vez da real dimensão do clube, que protagonizou campanhas bastante interessantes e conseguiu produzir as mais variadas pérolas, cuja lapidação teve um grande dedo do mister.

 O custo da rescisão também não ajuda ( mesmo sendo o menor dos problemas) um presidente que falou em contenção e ponderação de gastos, uma vez que 6 milhões são preciosos para atacar o mercado, Di Maria e Bruno César vieram por menos.

 Volto a lembrar as histórias "cliché" de Ferguson ou Wenger para concluir que sportinguistas e portistas iriam ficar bastante satisfeitos com a saída do técnico.

terça-feira, 24 de abril de 2012

O caso Pereira Cristovão-conflito de interesses

 Envolvido no Caso Cardinal (ou Caso Pereira Cristovão) Paulo Pereira Cristovão (PPD) decidiu a quente suspender o seu mandato, tendo dias depois recuado na decisão, criando deste modo mais um exemplo desestabilizador para a direcção leonina. Sobre tudo isto há duas ilações de importante reflexão: a questão dos estatutos não preverem nenhuma suspensão de funções e a atitude de PPC.

 É um erro não estar nos estatutos a possibilidade de suspender funções, para uma situação como esta era o melhor a fazer já que permitia um meio termo entre ficar e demitir-se. Um pode ter várias razões e situações em que precisa de se afastar do clube durante um tempo, sem precisar chegar ao ponto extremo de abandoná-lo. Tendo esta possibilidade inscrita, os estatutos tornariam-se mais abrangentes e completos.

 Quanto à atitude de PPC foi nitidamente em benefício próprio e prejudicial para o clube. Quis manter-se em funções, causando a divisão entre os que apoiavam e declinavam esta sua opção, contribuindo para a polémica e a desestabilização no clube leonino. Por mais inocente que o vice-presidente seja, um clube que anda a negociar com potenciais investidores e é uma marca importante nacional e internacionalmente, perde grande credibilidade quando um dirigente seu é arguido num processo, e continua em funções como se nada tivesse acontecido. Não era assim tão difícil olhar para cima e lembrar-se que o actual presidente por algo muito menos polémico que nada tinha a ver com o clube demitiu-se das suas funções, para salvaguardar a imagem da instituição.

 Godinho Lopes devia ter afastado o seu vice por mais incómoda que a atitude pudesse ser.

O caso Pereira Cristovão-estranhos pormenores

 O Sporting pode orgulhar-se de ter passado sempre ao lado dos casos de corrupção que estalaram no futebol português. Mas como isto dos abusos de poder é algo intrínseco ao ser humano e não escolhe cor clubística, na última semana ficaram os leões com a batata, vendo um dirigente seu (PPC) associado a um caso de polícia.

 Este caso tem tanto de inesperado como de estranho, mas acima de tudo é bom que a verdade venha ao de cima, se isso prejudicar algum dirigente, clube ou árbitro, será o prémio justo para quem cometeu esta ilegalidade imperdoável. Contudo, pelos péssimos exemplos anteriores (muito maus mesmo) é provável que fiquemos só pelos arguidos e que daqui a uns tempos  o caso seja arquivado.

 Com culpados ou sem culpados, há estranhezas que saltam facilmente à vista: como é que alguém que ocupou altos cargos na PJ considerado um profissional de grande capacidade no meio, manda um empregado seu fazer um depósito sabendo que os bancos têm câmeras que visualizam tudo? Ou há aqui uma teoria da conspiração, ou PPC pecou por excesso de confiança, ou não programou bem o seu plano. Qualquer uma das teses é válida.

  E o "timing" em que o caso explodiu na imprensa? Tudo  se desenrolou em Dezembro, o Sporting vinha de uma fase péssima, e apenas em Abril quando as vitórias na Uefa e sobre o Benfica começavam a moralizar o clube, a matéria surge. Demasiada coincidência este "timing" bastante estratégico e (in)oportuno para tornar o assunto público.

 Resta-nos deixar o tempo passar e esperar que se faça justiça, independentemente das consequências.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Domingos versus Sá Pinto


 A troca de treinador trouxe muitas mudanças pelos ares de Alvalade, não interessa agora discutir os prós e os contras do sucedido, olhemos para o que de concreto e importante se alterou, a identidade de jogo da equipa..

 Domingos defendeu um estilo de jogo baseado numa pressão constante, com o objetivo de recuperar rapidamente a bola e soltar a velocidade do ataque, a identidade da equipa prendia-se com uma pressão relativamente alta e transições rápidas.

 Sá Pinto rege-se por princípios diferentes, vemos a equipa defender num bloco bem mais baixo que privilegia a posse quando se apodera da bola. É muito comum ultimamente, observar que apenas Wolfswinkel e Capel se posicionam na linha intermédia do campo para iniciarem a pressão, o resto da equipa defende na meio campo defensivo do Sporting.

 Qualquer uma das duas estratégias tem as suas potencialidades e dificuldades, que já foram expostas nos vários jogos da época, resta saber se o bloco baixo de Sá Pinto conseguirá finalizar com êxito o que a pressão alta de Domingos começou, e desse modo os troféus retornarem a Alvalade já esta época.

sexta-feira, 30 de março de 2012

As coisas boas da vida


 Por alguma razão ganhámos uma corrida a milhões e conseguimos o (exclusivo) direito de viver a nossa vida, em Portugal são quase onze milhões de almas com esse direito. Obstáculos, azares, desilusões, são parte integrante dos nossos anos de existência, tal como a felicidade, a sorte e o prazer, que "adocicam" a nossa vivência. E é por ter contato com esses momentos que a vida é uma dádiva que deve ser aproveitada ao máximo.


 Toda esta conversa bonita, veio à baila a propósito da épica jornada europeia leonina contra o clube mais endinheirado do mundo. Sou sportinguista de alma e coração (daqueles cujo sangue é verde), mas acima de tudo considero-me um amante do desporto rei e acho fantástica a relação dos portuguesas com o futebol. Esta modalidade que só é ignorada pelos americanos, causa furor em toda a aldeia global mas a sua relação com este país é algo fenomenal. As sensações são levadas ao extremo, um jogo corre mal e sente-se uma desilusão total, uma partida bem conseguida dá origem a um explodir de alegria imenso. Contudo, a beleza de tudo isto prende-se com um momento de felicidade ficar mais entranhado na memória que dez momentos de desilusão.


 Os noventa minutos daquela quinta feira foram uma escalada crescente de sofrimento, com o apito final do senhor Tom Harald Hagen todo esse sofrimento transformou-se em festa e emoção que nunca se apagará das minhas recordações.  Desde que acompanho futebol já tive muitas decepções pelos lados de Alvalade, mas passa o tempo e são esquecidas; no entanto, momentos como a remontada contra o Newcastle ou o épico confronto  de Alkmaar ficarão para sempre recordados, e este seguramente terá o mesmo caminho. Eu falo pelo meu clube, mas obviamente que o golo de Costinha em Old Trafford ou o de Simão em Anfield não saem da memória de nenhum portista ou benfiquista, e a histórica batalha de Nuremberga ou os emocionantes penaltis nos confrontos com a Inglaterra jamais serão esquecidos perdurarão para sempre na cabeça dos portugueses.


 Com todos os percalços que possam acontecer, é por momentos como este que dá gosto viver. 

quinta-feira, 15 de março de 2012

As três medalhas

 Em ano olímpico as palavras ouro, prata e bronze ganham uma importância significativa, são os lugares de topo onde apenas um trio de predestinados consegue chegar, e se o ouro é o paraíso, os outros dois "metais" também são algo emocionante que jamais será esquecido.

 Nesta liga portuguesa a importância está reduzida apenas ao posto mais alto do pódio, apesar do 2º e 3º lugar garantirem objectivos importantes, nem Porto, nem Benfica, nem Braga se vão contentar com tão pouco - mesmo que os minhotos não adoptem no seu discurso oficial a sua candidatura ao título. Já não falta muito para acabar e é fabuloso estar em pleno mês de Março e vermos um campeonato ao rubro com esta luta tripartida - a última vez que me lembro de coisa parecida foi na temporada de 2004/05 onde o Benfica de Trapattoni se sagrou campeão.

 A diferença pontual é mínima e ainda há jogos entre os concorrentes, pelo que todos têm grandes e legítimas aspirações de sonhar com o troféu. Os minhotos apesar de relutância em assumir grandes voos já pensam nitidamente na glória, e fazem muito bem! Sem a Europa para "atrapalhar" vão ganhando tranquilamente todas as semanas, e mostram um conjunto de jogadores de grande qualidade que já provou estar preparado para altas andanças, aguentaram-se em fases da época cujas lesões dizimaram o plantel, e o seu treinador mesmo que jovem tem mostrado saber muito bem o que faz.

 Os encarnados são a equipa mais forte, o seu poderio ofensivo é enorme, as soluções de qualidade são mais que muitas e a consistência defensiva mostra-se sobejamente melhor que nas épocas anteriores. A vantagem de 5 pontos desperdiçada foi um tiro no estômago mas a equipa é demasiado forte para ficar presa a essa fatalidade, contudo os jogos na Champions intercalados com desafios contra Braga e Sporting poderão ser um handicap a penalizar os homens de Jesus.

 Pelos lados da invicta mora o outro pretendente, é verdade que o F.C.Porto está uma sombra do que foi no ano passado, mas só por ser o Porto já é razão suficiente para não se duvidar da capacidade vitoriosa da equipa, quer jogue bem ou mal a dinâmica ganhadora do emblema é fantástica, e se é factual que a máquina tem emperrado várias vezes esta temporada, também é factual que que tem Hulk, Moutinho ou Lucho é sempre um alvo a temer por parte dos adversários.

  Nesta crise o BCE a Comissão Europeia e o FMI vieram "governar" o país de forma homogénea, nesta liga a troika de concorrentes governará de forma heterogénea.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Preciosos milhões

 Neste ano zero leonino os dirigentes tentaram colocar o mínimo de pressão na plantel, embora se afirmasse que a equipa iria fazer os possíveis para competir pelo título de campeão, o real objectivo sempre foi o terceiro lugar, que dá o apuramento para a pré-eliminatória da Liga Milionária.

 O tempo foi pasando e neste momento esse objectivo não passa de uma miragem, os onze pontos para o último lugar do pódio tornam a ida à Champions algo que roça o impossível, um percalço catastrófico para o projeto inicado à pouco tempo. Godinho Lopes e os seus homens fortes pegaram num clube económicamente de rastos, a única solução para o Sporting se aproximar qualitativamente dos rivais era reforçar a equipa; a estratégia encontrada passou por arranjar novas linhas de crédito e recorrer a um fundo que tem comprado parte dos passes dos jogadores, tudo isto aumentou ainda mais a despesa e consequententemente o passivo.

 Foi abertamente falado que esta solução despesista visava equilibrar as contas e sustentar o clube a médio/longo prazo. Contudo, um dos pilares das receitas seria a participação na grande prova europeia que distribui milhões como quem estala os dedos, e é o maior palco da valorização dos jogadores e do nome do clube. Percebe-se assim, que muito mais que a questão do título, os novos chefes leoninos estivessem preocupados com uma das bases da sustentabilidade deste novo projeto, pois se a conquista do campeonato era algo manifestamente complicado, a medalha de bronze estava bastante acessível a uma equipa que se reforçou bastante e tem um conjunto de jogadores com qualidade muito superior aquilo que têm demonstrado.

 Faço votos para que o trabalho que está a ser efectuado por esta nova direção (que muito aprecio) não seja fatalmente atingido por um contratempo que era escusado, já que volto a repetir que os verde e brancos tinham perfeitas condições para alcançar o terceiro posto.

sábado, 3 de março de 2012

As ideias de Sá Pinto



 É ainda muito cedo para falar nas mudanças que o jovem treinador trouxe à identidade de jogo leonina. Foram apenas quatro jogos em pouquíssimo tempo, num plantel com os níveis de confiança muito em baixo. Será preciso esperar mais um pouco para se começar a perceber  o que vale verdadeiramente este Sporting de Sá Pinto.

 Há no entanto algo que o jovem técnico tem tentado incorporar rapidamente, a cultura da posse de bola. Era visível nas partidas dos juniores a preocupação com a posse e o controlo da partida, contrariamente ao estilo imposto por Domingos, onde as transições e a recuperação rápida da bola eram os grandes objetivos; é verdade que a qualidade de jogo tem sido baixa e as oportunidades de golo escassas, mas a situação parece estar a encontro após encontro.

 Sá Pinto estudou uma das principais lacunas do anterior treinador que era a dificuldade em sair a jogar a partir da defesa, tendo sido progressivamente visível a preocupação dos médios (qualquer um dos três) em baixar no terreno para se apoderarem da bola e darem início ao processo atacante. Estas novas rotinas ainda estão um pouco "cruas", já que a equipa consegue ter muita posse de bola no meio campo mas com pouca objetividade criatividade, contudo, volto a repetir, estes processos só se melhoram com o tempo e o tempo só passa jogando vários jogos.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Um valor incalculável



 No último encontro antes da convocatória para o Euro 2012 Portugal defrontou a Polónia, e pouca gente se apercebeu da importância que esse particular teve para a nossa seleção. Muito mais do que uma partida onde se testaram novos elementos, ou se aumentou a coesão do grupo, a equipa de todos nós conseguiu o feito de inaugurar a majestosa casa que albergará a abertura do próximo Campeonato da Europa, o imponente Estádio Nacional de Varsóvia

 Na terça feira, foi noticiado numa publicação desportiva que grandes potências de que é exemplo a Inglaterra se tinham disponibilizado para inaugurar o recinto, mas a verdade é que o polacos rejeitaram todas as disponibilizações e optaram por convidar aquela seleção do cantinho da Europa, dizia a publicação que o povo de leste queria ver pela primeira vez naquelas terras Cristiano Ronaldo.

 O que se conclui deste argumento de escolha, é que CR7 tem uma dimensão tal que sozinho rivaliza com grandes seleções europeias, como é o caso da britânica. O português marca golos, faz a equipa jogar, ganha títulos, bate recordes, diz frases controversas, coleciona namoradas bonitas e faz capa de todo o tipo de revistas; resumidamente, é uma personalidade que dá que falar em qualquer lugar do globo. É ele o expoente máximo da divulgação do nome "Portugal" pelo mundo fora, com grandes vantagens para o país, tanto directas, como foi o caso deste particular, como indirectas, umas vez que todo o mundo ouvir constantemente o nome do nosso país é uma excelente forma de divulgação de inúmeros produtos portugueses (desde bens materiais ao turismo).

 Apesar de tudo, a seleção das quinas é muito mais que CR7, pois há já vários anos que conseguimos adquirir o status de seleção que pratica um excelente futebol e dá bons espectáculos seja qual for o adversário. E claro que nomes como Nani, Pepe ou Coentrão também muito contribuem para a visibilidade que a equipa "tuga" possui.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O problema londrino



 Vida difícil a do Chelsea esta época, o que se pensava uma luta pelo titulo tornou-se uma luta pelo acesso à liga milionária. Os londrinos estão no quinto lugar, a 17 do primeiro e em igualdade com o quarto, seria desastroso manterem o posto e não se qualificarem para a Champions - por mais fracassada que a época seja a classificação para a grande prova europeia é o mínimo dos mínimos exigível.

 Seguindo a lógica natural do futebol - principalmente latino - quando os maus resultados se sucedem o treinador é sempre a primeira vítima, AVB não tem sido excepção e a contestação aumenta de jogo para jogo. Apesar da carteira longa, Abramovich tem a paciência curta e é conhecido pela constante troca de treinadores (excepção feita a Mourinho), por outro lado os adeptos "Blues" habituaram-se nos últimos anos a títulos e vitórias, sendo-lhes estranho tamanha fase de maus resultados, está por isso complicada a situação do treinador português.

 Apelidam-lhe de inexperiente, demasiado jovem, ou com pouca liderança, dizem que o Chelsea é um clube demasiado grande para um novato que só conheceu dois emblemas na carreira, e multiplicam-se as comparações a Mourinho, que pelo que alcançou no clube deixou a bitola bastante alta. Analisando ao pormenor todos os defeitos do jovem técnico e culpando-o pelos maus resultados da equipa, está-se a fazer uma análise superficial, mesquinha, e arranjar um bode expiatório para encobrir o grande problema da equipa: a fraca qualidade do plantel.

 Desde que o milionário russo chegou ao emblema habituámo-nos a ver um Chelsea crónico candidato a ganhar a Premier League e a Champions, os milhões russos trouxeram grandes jogadores e só com um plantel poderoso foi possível aos londrinos aspirar a esta posição que lhes tinha sido estranha durante dezenas de anos. Quem tinha Lampard, Drogba, Robben, Terry, Cole ou Cech, era favorito perante qualquer adversário, portanto, foi com normalidade que as taças e os campeonatos chegaram ás vitrinas do clube, tal como as participações nas meias e na final da Champions.

 Mas como tudo na vida, o plantel de uma equipa de futebol é dinâmico e sofre os efeitos do tempo, sendo necessária a substituição dos jogadores de tempos em tempos, algo que o clube de Stamford Bridge não foi capaz de fazer nos últimos anos. Analisando o plantel "Blue" ao pormenor, vê-se que os pilares da era Abramovich perderam o fulgor de outros tempos; Lampard, Drogba e Terry foram durante anos a fio as grandes figuras de um Chelsea fortíssimo, mas os anos passaram e estes jogadores encontram-se já numa idade avançada, e apesar da qualidade que lhes está sempre associada a condição física está muito longe dos tempos áureos.

 O grande problema está na deficiente substituição destes homens chave, pois neste Chelsea de AVB são raros aqueles que conseguem realmente fazer a diferença. Há jovens com potencial como David Luiz, Ramires, Romeu, Sturridge, e Lukaku que face ao défice de qualidade do plantel têm sido extremamente utilizados, muitos deles titulares indiscutíveis e responsáveis por fazer a diferença no onze, algo difícil para um jovem (mesmo que o potencial seja grande) cuja pressão muitas vezes não é benéfica. É possível observar um outro grupo de jogadores como Meireles, Malouda, ou Ivanovic cuja capacidade é boa, mas não o suficiente para  a preponderância que têm no onze - podem ser importantes numa equipa deste calibre mas nunca os elementos principais. Aliando os homens mais velhos (a que se podem juntar Essien, Cole e Cech), os de qualidade mediana (para uma equipa como o Chelsea), e os jovens com potencial, está quase feito o onze e o plantel de AVB, que depois desta análise um pouco mais pormenorizada pode-se concluir que está bastante abaixo da qualidade dos anos anteriores.

 Contudo, há dois executantes que se destacam dos demais, com um nível qualitativo de topo, refiro-me a Fernando Torres e Juan Mata, os dois espanhóis desta equipa. "El Nino" é um fora de série, dos melhores do mundo na sua posição, todavia o fraco número de golos e a pressão referente ao valor da sua transferência, tem-no tornado num ponta de lança banal. O antigo representante do Valência, foi de longe a melhor contratação "Blue" para esta temporada, Mata é uma pérola capaz de fazer toda a equipa jogar, quando está inspirado leva autenticamente a equipa às costas, quando está em dia não, é capaz de passar os 90 minutos desinspirado e de um momento para o outro inventar um lance que decide a partida, é isto que define os executantes geniais. No entanto, com pouco apoio da restante equipa a sua tarefa torna-se muito mais difícil.

 Olhando para o poder de fogo dos rivais de Manchester, onde sobressaem Aguero, Rooney, Nani, Silva, entre outros, é notório que por mais conseguido que o trabalho do treinador seja, é uma luta bastante desigual.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Balanço do momento actual Leonino



 Estamos quase no Carnaval, época de festa e alegria, um  estado de alma totalmente oposto àquele que paira em Alvalade. Depois da maré optimista que se apoderou da primeira metade da época, vive-se agora a ressaca de toda essa confiança que permitiu sonhar com grandes voos. Maus resultados, exibições fracas e eliminação prematura em algumas competições, está feito o cocktail explosivo responsável pela depressão que se abateu sobre o universo leonino- adeptos, jogadores, equipa técnica e direcção.

  Contudo, a situação não é irreversível e a época ainda se pode tornar globalmente positiva. Sendo este o ano zero, o grande objectivo passa por constituir uma base para as épocas futuras, já se sabia que o titulo era bastante difícil portanto a qualificação para a Champions era (é) a grande preocupação da nova direcção,  essa meta ainda está perfeitamente ao alcance da equipa tal como a conquista da Taça de Portugal, com estes dois resultados obtidos a temporada não pode ser considerada negativa.

  Mais que tudo, há que entender o que se está a fazer actualmente no Sporting. Godinho Lopes herdou um clube completamente destroçado e tem mostrado aos poucos que está verdadeiramente motivado na missão de devolver o emblema à posição que ocupou no passado- as contratações feitas, o discurso realista e ao mesmo tempo confiante, a aproximação aos sócios, etc, são exemplos daquele que tem sido o trabalho do presidente. Independentemente dos resultados até ao final da época há que manter a confiança no projecto que está a ser montado, pois mais que o curto prazo o seu objectivo estende-se a médio longo prazo. O plantel tem uma qualidade bem superior às épocas anteriores e apesar de ser originário dos quatros cantos do planeta tem mostrado grande união e solidariedade entre si, o treinador é jovem e precisa de tempo para conseguir resultados sólidos, e os adeptos têm sido incansáveis no apoio à equipa, prova disso é numa fase menos boa da equipa estarem 38 mil pessoas em Alvalade.

  Todo o caminho para o sucesso é inicialmente conturbado, cabe aos ganhadores ultrapassar as fases menos boas e provar que as adversidades são algo passageiro.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Benfica versão 2011/2012



Após o interregno do um ano os adeptos encarnados vêm outra vez o título como algo real, desta vez a participação na Liga Europa é substituída pela participação na Champions, o que aumenta ainda mais o apetite futebolístico. Vitórias, golos, boas exibições, e primeiro lugar nas provas mais importantes, têm causado uma grande onda de entusiasmo no universo benfiquista; desde as declarações e conferências de imprensa que transpiram confiança, até às boas assistências dentro e fora de portas, é visível o positivismo que paira sobre o clube.

Vê-se um Benfica juntar o bom futebol à consistência defensiva (algo inédito no reinado de Jesus), a Luz tornou-se um verdadeiro inferno (com derrota quase certa para quem a visita), e o estigma F.C.Porto (que tantos pesadelos causou na época passada) tem sido aos poucos ultrapassado.

Cumprindo a sua terceira época no clube, Jesus mostrar ter sabido tirar o melhor proveito da sua experiência nas duas épocas anteriores. Com duas temporadas globalmente positivas (para aquilo que vinha sendo a realidade classificatória e exibicional do clube) marcadas por exibições de grande nível, o emblema encarnado também teve os seus momentos menos bons (quem não se lembra do início da época passada?) onde choveram as críticas. Quero com isto dizer, que neste terceiro ano o técnico português tem aliado aquilo que a equipa tinha de melhor com a diminuição das fragilidades anteriormente mostradas.

Quais então as causas concretas deste salto qualitativo pelos lados da segunda circular? A resposta é simples e não exige grande reflexão: plantel com mais qualidade e uma maior elasticidade táctica.

As águias têm um conjunto de jogadores mais forte e diversificado que nas épocas passadas -é porventura o melhor plantel vermelho e branco desde que sigo atentamente a realidade futebolística. Apenas perderam Sálvio e Coentrão (este sim uma baixa de vulto) para ganharem Bruno César, Nolito, Witsel, Rodrigo, e Garay, entre outros como Matic e Emerson que apesar da menor importância não deixam de ser úteis à equipa. Conseguiram estabelecer um núcleo duro de treze indispensáveis que se vão revezando jogo a jogo, e o treinador português pode dar-se ao luxo de ter executantes como Bruno César, Nolito, Rodrigo ou até Cardozo e Aimar no banco, uma realidade inédita nas temporadas antecedentes.

No plano táctico esta abundância de opções dá os seus frutos, para além da qualidade dos intervenientes o Benfica tem beneficiado da sua diversidade, e se na grande maioria dos jogos era comum as águias jogarem com um losango no meio campo (umas vezes com os médios mais interiores, outras com os alas mais abertos), esta época já foram utilizados utilizados vários sistemas tácticos diferentes, desde a opção por apenas um ponta de lança, à coexistência de dois médios mais defensivos, ou à abdicação do criativo, Jesus já experimentou de tudo, e só o pôde fazer porque tem jogadores para isso. Neste contexto há que ressalvar um caso particular, o de Axel Witsel, este jovem médio tem sido fundamental na consistência táctica e defensiva apresentada pelos lisboetas, com ele em campo a equipa tem capacidade de apresentar diferentes disposições atacantes, ganhando uma outra dimensão no equilíbrio do meio campo, é ele o segredo para do Benfica menos permissivo da era Jesus.

Todavia nem tudo são rosas, há uma grande diferença entre o rendimento dentro e fora de casa, sempre que o clube se desloca a algum lado as actuações tendem a ser sofridas (que o diga o Feirense) com poucos golos marcados, as opções que transbordam no ataque carecem na defesa onde a segunda linha não tem de longe a qualidade da primeira, e no lado esquerdo do sector defensivo Emerson na parece ser solução à altura do resto do onze.

Será interessante verificar, o estofo que o clube da Luz terá para aguentar a primeira posição, e é com grande expectativa que prevejo a participação benfiquista na Champions.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Uma proposta ilusória


As eleições na liga foram ganhas com umas promessa eleitoral algo controversa, o aumento para 18 do número de equipas no principal escalão do futebol português. Digo controversa, pois suscitou opiniões opostas, desde os que enaltecem a medida aos que a acham ridícula, que é o meu caso.

Mário Figueiredo foi esperto nas propostas eleitorais que utilizou como bandeira da sua candidatura, tanto a negociação equitativa dos direitos televisivos como o alargamento de clubes beneficiam à maior parte das equipas-quanto mais abrangente for o benefício maior é o número de votos. Mas se a primeira, apesar de muito difícil implementação pode ser bastante benéfica para o campeonato a médio/longo prazo, a segunda proposta demonstra total falta de percepção a respeito da realidade do futebol português, podendo perfeitamente ser apelidada de populista pelo seu carácter lunático, insustentável e amigo dos votos-lembra o primeiro-ministro que é eleito com a promessa de baixar impostos.

A um campeonato pedem-se duas coisas:competitividade e sustentabilidade financeira; cabe a cada país, de acordo com a sua realidade futebolística e socioeconómica reflectir sobre a melhor forma de potenciar essas duas componentes. O senhor Mário Figueiredo-para além da vantagem que lhe deu nas eleições-acha que o aumento de equipas é uma solução para a melhoria do nosso campeonato nessas vertentes fundamentais, seguindo uma lógica superficial de que mais clubes é sinónimo de maior competitividade e riqueza, ou simplesmente com a ideia megalómana de ter um campeonato quase tão grande como as principais liga europeias. É pena isto ser muito bonito na teoria, mas não funcionar na prática; qual é a dificuldade de perceber que Portugal é um país com pouca população, estádios vazios e sem dinheiro?

Por mais emblemas que o nosso campeonato tenha, o bolo económico vai continuar igual, ou seja, direitos televisivos, receitas de publicidade e prémios de classificação, vão manter-se na mesma, a única diferença é a sua divisão por mais equipas. Ao contrário do que parece, a operação matemática aplicada a este caso não é a soma, é a divisão; reparem:dos 8 jogos realizados todas as jornadas costumam ser transmitidos em média 6, ficando 2 de fora. Com o alargamento serão transmitidos os mesmos 6 ficando 3 de fora, em vez de aumentar o número de jogos transmitidos, aumenta o número de partidas não transmitidas.

As bilheteiras continuarão na mesma, já que 80% das equipas só tira partido dessa receita em jogos com os jogos, o resto do campeonato é feito de assistências miseráveis. E há um outro factor muito importante e pouco falado, é a questão da visibilidade, uma fonte de receita indirecta bastante produtiva, pois o prestigio e a divulgação das equipas é tanto maior quanto mais restrito for o campeonato, sendo isso uma de captação das mais diversas receitas. Por outras palavras, as equipas mais pequenas cujas finanças são instáveis ou estão no limite, vão perder dinheiro.

Quanto há competitividade, fica refém das contas dos clubes, que com menos dinheiro constroem planteis mais fracos, cheios de incógnitas que meia dúzia de jogos depois se revelam autênticos flops. Como apenas 7 emblemas têm objectivos mais ambiciosos que a permanência na liga, este aumento vai adicionar duas equipas na penosa luta pela manutenção, ou seja, onde a competitividade é importante (título e Europa) mantém-se na mesma, onde ela não interessa aumentará.

Para finalizar deixo um lista com o número de equipas do primeiro escalão, população, e PIB, dos 12 países melhor classificados do ranking da UEFA-em dados arredondados.

Inglaterra:20 equipas-pop 63 milhões-PIB 2,172 biliões
Espanha:20 equipas-pop 46 milhões-PIB 1.368 biliões
Alemanha:18 equipas-pop 82 milhões-PIB 2.940 biliões
Itália:20 equipas-pop 61 milhões-PIB 1.773 biliões
França:20 equipas-pop 65 milhões-PIB 2.145 biliões
Portugal:16 equipas-pop 11 milhões-PIB 247 mil milhões
Rússia:16 equipas-pop 143 milhões-PIB 2,222 biliões
Ucrânia:16 equipas-pop 46 milhões-PIB 305 mil milhões
Holanda:18 equipas-pop 17 milhões-PIB 676 mil milhões
Grécia:16 equipas-pop 11 milhões-PIB 318 mil milhões
Turquia:18 equipas-pop 73 milhões-PIB 960 mil milhões
Bélgica:16 equipas-pop 10 milhões-PIB 394 mil milhões

Podemos observar que ninguém tem um PIB mais baixo que o nosso, e tirando a Bélgica e a Grécia somos o país menos populoso. Apenas as potências europeias (económica e demograficamente) têm campeonatos com 18 ou 20 equipas, analisando estes números torna-se anedótico incluir Portugal no restrito lote de países com 18 ou mais emblemas na liga principal.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Elias, Schaars e Matias

O jogo de ontem iniciou-se com várias alterações no onze, da defesa ao ataque todos os sectores foram alvo de alguma mudança, cabendo ao meio-campo uma mudança estrutural:de ordem táctica.O triângulo inverteu-se e o vértice passou de defensivo a ofensivo.

O motor de qualquer onze é o meio campo, se há alterações tácticas neste sector a dinâmica e a identidade de jogo da equipa são logo alteradas. Assim sendo, o Sporting passou de um trio com um homem mais de equilíbrio e marcação para um trio com um desequilibrador cuja função era comandar o ataque. No meio desta troca estavam dois médios insubstituíveis que podem ocupar várias posições no meio campo.

Com a troca de Matias (que tinha alinhado noutra posição) por Renato Neto o Sporting ficava mais ofensivo (neste sector), Schaars ficou como homem mais recuado, Elias também baixou um pouco e o chileno preocupou-se exclusivamente com funções atacantes. o que na teoria parecia uma opção mais atacante e dominadora, na prática revelou-se um flop.

Houve mais posse de bola e mais ataques, porém, foi tudo bastante inconsequente com poucas oportunidades e grande insegurança defensiva. Só houve um verdadeiro domínio da partida a partir dos 70 minutos, quando o Braga abdicou de atacar e ter a bola. No plano ofensivo, Matias foi muito esporádico, ia aparecendo no jogo de vez em quando com alguns rasgos perigosos, sem nunca conseguir comandar verdadeiramente o ataque e ser o elo de ligação entre este sector e o meio campo, para isso muito contribuiu a falta de apoio que recebeu, o brasileiro Elias esteve demasiado recuado e longe do nº14. com a conexão entre os dois a parecer algo desligada.

Contudo foi no plano defensivo que surgiram os maiores problemas, como não havia um jogador exclusivamente de marcação o espaço entre o centro do campo e a defesa era enorme com os dois elementos mais recuados a não saberem bem que posições ocupar, tudo isto foi muito bem aproveitado pelo Braga que tinha Mossoró a jogar atrás do ponta de lança sem posição fixa, Schaars nunca o conseguiu "apanhar" e Elias cobriu mal o espaço que era deixado pelas constantes trocas de posição do brasileiro, Hugo Viana aproveitou, e ocupou esse espaço vazio para rematar e assistir, e foi desta maneira que o Braga criou as melhores oportunidades. Tanto Elias como Schaars são jogadores que auxiliam muito bem nas transições defensivas, no entanto neste tipo de jogo, não podem ser o principal elo do meio campo defensivo, porque não têm nem característica nem rotinas para isso.

Esta solução poderá ser uma hipótese nos jogos em Alvalade ou contra equipas de pequena dimensão, aí Schaars não terá tantas dores de cabeça com que se preocupar e a equipa poderá usufruir da boa saída para o ataque que a dupla proporciona e de um maior apoio a Matigol.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Um problema chamado Bojinov


Veio rotulado de craque e foi um das compras mais sonantes do defeso leonino, Valeri Bojinov aos 25 anos foi contratado com o intuito de reforçar o ataque verde e banco. Confesso que apesar de pouco ter visto o búlgaro a jogar gostei da sua contratação, mesmo com passagens falhadas por grandes clubes pensei que aquele que foi o jogador mais novo de sempre a actuar na Série A conseguisse relançar a carreira no Sporting. Mas a vida é dinâmica e algum tempo depois a minha opinião mudou drasticamente.

Com alguns problemas físicos no inicio da temporada aliados à boa forma de Wolsvinkel, Bojinov foi relegado para segunda opção no centro do ataque, contudo Domingos procurou sempre dar minutos ao ex-jogador do Parma fazendo-o entrar no decorrer das partidas ou dando-lhe a titularidade em alguns encontros. A verdade é que o jogador nunca agarrou as oportunidades, e os 3 golos são uma marca escassa para alguém que teve hipótese de fazer muito melhor.

Com ele em campo o Sporting joga com 10 elementos, a sua lentidão impressiona e a agressividade é nula tornando-o um alvo fácil para os defesas já que não pressiona nem se desmarca (quem o cobre sabe que terá um jogo descansado pela frente), no entanto o que se pede a um ponta de lança são golos e nesse capítulo o búlgaro ainda deixa mais a desejar, são inúmeras as ocasiões que dispõe em durante cada partida e o resultado é sempre inverso ao esperado (ou bola para as nuvens, ou contra o guarda-redes). É verdade que já vi pormenores técnicos interessantes e o seu pé esquerdo também já mostrou ser perigoso, mas um ponta de lança que não corre, não pressiona, não se desmarca e falha oportunidade atrás de oportunidade, a única coisa que está a fazer em campo é ajudar o adversário.

Em mais de 15 contratações houve poucos erros de casting, infelizmente este foi um deles, resta-nos esperar que Ribas faça bastante melhor que Bojinov (o que também não é difícil), pois uma equipa que está nas 4 frentes necessita de um substituto com qualidade para Wolsvinkel.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Futebol por Terras de Sua Majestade

Isto do melhor campeonato do mundo é algo muito subjectivo, cada pessoa faz o seu juízo de valor e tem a sua preferência, no meu caso o voto vai para Inglaterra, cuja admiração sempre foi grande. Por mil e uma razões considero a Premier League como a melhor do globo, bem à frente da concorrência.

Esta magia única da competição tem pairado mais uma vez na edição deste ano, é incrível o grande risco que acarreta qualquer previsão; titulo, Champions, Liga Europa e descida de divisão são grandes enigmas. Quem apostaria que o Manchester United perderia com o último classificado em casa? e que horas depois o City fosse abatido pelo Sunderland? Não é algo assim tão estranho, as equipas pequenas têm grande capacidade de roubar pontos às mais fortes.

Relativamente à discussão do título e como falta cerca de meio campeonato, é prematuro resumir-se a luta aos rivais de Manchester, os rivais de Londres também têm uma palavra a dizer, tanto Tottenham como Chelsea têm direito a entrar na batalha. Será interessante verificar até que ponto as provas da Uefa interferirão nesta corrida, os "spurs" livres deste "encargo" têm aqui uma vantagem em relação à concorrência, no entanto com o menor grau de exigência e motivação da L.Europa é previsível que os dois participantes não apostem muito nela. Deste modo são os "blues" quem tem o desafio mais difícil já que para além de estarem na quarta posição terão de se concentrar também na Champions

Em relação aos quatros lugares da Champions, só Arsenal e Liverpool têm "arcaboiço" para se juntar aos quatro da frente na disputa. Contudo, vai ser muito difícil para os dois rivais históricos chegar ao quarto posto, apenas uma continuação dos maus resultados de Vilas Boas ou uma baixa abrupta de forma dos homens de Redknapp poderá evitar uma inversão de lugares.

A luta pelo acesso à L.Europa é impossível de prever, a incógnita sobre os lugares disponíveis (variam consoante os finalistas das Taças internas) e a quantidade de equipas candidatas leva ao fracasso de qualquer previsão, porém Arsenal, Liverpool e Newcastle são os principais favoritos.

No que toca à descida de divisão jornada após jornada assiste-se a uma troca de posições, o Blackburn apesar de ser o "lanterna vermelha" só tem menos três pontos que o décimo sétimo e já mostrou como se ganha no terreno do campeão, também nesta batalha há um leque abrangente de equipas que podem fazer parte dos três derrotas, resta esperar para ver quem são os menos resistentes.

Teremos imprevisibilidade, acção, golos e emoção até ao fim porque sem sombra de dúvidas trata-se da liga "Special One".