quarta-feira, 30 de maio de 2012

Diogo Salomão não ficará no plantel

 O Sporting contínua a formar ao seu plantel para a nova época, com os problemas financeiros que assolam o clube os jogadores emprestados ganham especial preponderância. Entre o lote de possíveis regressos enquadrava-se o jovem Diogo Salomão, mas o Futmania sabe que o retorno do extremo não está nos planos da equipa técnica, pelo menos na temporada.

 Depois de um primeiro ano interessante em Alvalade, o Sporting decidiu emprestar o ex Massamá ao Deportivo da Corunha com objectivo de fazê-lo ganhar minutos e experiência. O médio não defraudou as expectativas efectuando uma época positiva, onde actuou em 31 partidas, marcou 4 golos e foi responsável por 5 assistências. A nível colectivo conseguiu sagrar-se campeão da 2º Liga Espanhola, participando no regresso do histórico clube galego à 1º divisão.

 A abundância de qualidade nas faixas parece ser o factor mais decisivo para a exclusão do extremo desta nova temporada leonina. O jogador já admitiu sentir-se bastante feliz no Riazor e um novo empréstimo é a solução mais provável, caso haja interessados a direcção também estará aberta a discutir uma possível venda, já que dinheiro fresco é ouro nesta altura. Com uma boa margem de progressão e uma cláusula de 30 milhões, veremos o que de concreto acontecerá ao futuro deste jovem.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Batalha dos Deuses



 Pelé, Maradona, Cruyff, ou Zidane, marcaram uma era, cada um no seu tempo eram magos adorados e unânimes, jogavam e faziam jogar, marcavam e davam a marcar, sem rival à altura. O futebol é assim, marcado por reinados de reis incontornáveis com espada e escudo invenciveis. Chegamos ao final da 1ºdécada do séc XXI, o trono de um rei deu lugar ao cadeirão de dois deuses.

 O mundo futebolístico tem sido assolado por um "conflito" que parece não ter fim à vista, as suas proporções têm atingido uma dimensão mitológica. Sem força bruta, tamanho gigantesco, ou nome de Vénus e Marte,mas com técnica, velocidade e o nome de Cristiano Ronaldo e Messi, estes dois homens protagonizam uma rivalidade sem precedentes no futebol mundial.

 É um choque do futebol actual e moderno com o jogo de rua e o futebol do antigamente. Ronaldo é o expoente máximo do jogador tipo do séc XXI, enorme ambição e capacidade de trabalho, características físicas exploradas para lá do máximo e argumentos técnicos bastante completos. Messi no meio do seu metro e setenta lembra um menino que nunca deixou as suas "peladinhas" com os amigos, todo o seu futebol parece fácil,  dono de uma técnica monstruosa e de um pé esquerdo que deveria ser estudado, é no instinto de jogo que se demarca de qualquer outro, "La Pulga" tem o dom de prever os movimentos do adversário fará e deste forma o exercício de lhe tirar a bola é algo quase impossível.

 Para estas duas "criaturas" o acto do golo é demasiado simples, assistência idem, e as vitórias são parte da rotina; aquilo que realmente os motiva são os recordes. A fasquia tornou-se altíssima, um remate certeiro por partida é pouco e cada semana passada há um recorde batido, apenas o céu é o limite.

 Não adianta aqui dizer quem é o melhor ou incidir nas prestações menos conseguidas na selecção, apenas saliento que é um prazer desfrutar do futebol na era de Messi e Cristiano Ronaldo.

sábado, 5 de maio de 2012

É Jesus e merece oportunidade


Este cantinho da Europa é feito de manias, uma delas é a de se despedir treinadores como quem compra telemóveis, é algo que faz parte da rotina do nosso futebol. Jesus está a ser alvo da impaciência característica das adeptos portugueses, e corre o risco de ser mais um apanhado na rotina.

 Bastam 5 minutos de reflexão para  arranjar mil e um defeitos ao treinador português: desde os problemas comunicativos, o excesso de confiança, a má gestão física, ou as constantes derrotas para o rival nortenho. O técnico errou muitas vezes e foi raro admitir isso, mas mais errado seria o presidente demiti-lo no final da época.

 Jesus conseguiu pôr os encarnados a meter (verdadeiramente) medo aos adversários, algo que não se via há (bastantes) anos. Foi possível ver um Benfica "papão" e a Luz voltou a ser um inferno vermelho; nenhum benfiquista pode negar a felicidade que sentiu ao ver o seu clube retornar às goleadas e ao bom futebol. A Europa lembrou-se outra vez da real dimensão do clube, que protagonizou campanhas bastante interessantes e conseguiu produzir as mais variadas pérolas, cuja lapidação teve um grande dedo do mister.

 O custo da rescisão também não ajuda ( mesmo sendo o menor dos problemas) um presidente que falou em contenção e ponderação de gastos, uma vez que 6 milhões são preciosos para atacar o mercado, Di Maria e Bruno César vieram por menos.

 Volto a lembrar as histórias "cliché" de Ferguson ou Wenger para concluir que sportinguistas e portistas iriam ficar bastante satisfeitos com a saída do técnico.