segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Elias, Schaars e Matias

O jogo de ontem iniciou-se com várias alterações no onze, da defesa ao ataque todos os sectores foram alvo de alguma mudança, cabendo ao meio-campo uma mudança estrutural:de ordem táctica.O triângulo inverteu-se e o vértice passou de defensivo a ofensivo.

O motor de qualquer onze é o meio campo, se há alterações tácticas neste sector a dinâmica e a identidade de jogo da equipa são logo alteradas. Assim sendo, o Sporting passou de um trio com um homem mais de equilíbrio e marcação para um trio com um desequilibrador cuja função era comandar o ataque. No meio desta troca estavam dois médios insubstituíveis que podem ocupar várias posições no meio campo.

Com a troca de Matias (que tinha alinhado noutra posição) por Renato Neto o Sporting ficava mais ofensivo (neste sector), Schaars ficou como homem mais recuado, Elias também baixou um pouco e o chileno preocupou-se exclusivamente com funções atacantes. o que na teoria parecia uma opção mais atacante e dominadora, na prática revelou-se um flop.

Houve mais posse de bola e mais ataques, porém, foi tudo bastante inconsequente com poucas oportunidades e grande insegurança defensiva. Só houve um verdadeiro domínio da partida a partir dos 70 minutos, quando o Braga abdicou de atacar e ter a bola. No plano ofensivo, Matias foi muito esporádico, ia aparecendo no jogo de vez em quando com alguns rasgos perigosos, sem nunca conseguir comandar verdadeiramente o ataque e ser o elo de ligação entre este sector e o meio campo, para isso muito contribuiu a falta de apoio que recebeu, o brasileiro Elias esteve demasiado recuado e longe do nº14. com a conexão entre os dois a parecer algo desligada.

Contudo foi no plano defensivo que surgiram os maiores problemas, como não havia um jogador exclusivamente de marcação o espaço entre o centro do campo e a defesa era enorme com os dois elementos mais recuados a não saberem bem que posições ocupar, tudo isto foi muito bem aproveitado pelo Braga que tinha Mossoró a jogar atrás do ponta de lança sem posição fixa, Schaars nunca o conseguiu "apanhar" e Elias cobriu mal o espaço que era deixado pelas constantes trocas de posição do brasileiro, Hugo Viana aproveitou, e ocupou esse espaço vazio para rematar e assistir, e foi desta maneira que o Braga criou as melhores oportunidades. Tanto Elias como Schaars são jogadores que auxiliam muito bem nas transições defensivas, no entanto neste tipo de jogo, não podem ser o principal elo do meio campo defensivo, porque não têm nem característica nem rotinas para isso.

Esta solução poderá ser uma hipótese nos jogos em Alvalade ou contra equipas de pequena dimensão, aí Schaars não terá tantas dores de cabeça com que se preocupar e a equipa poderá usufruir da boa saída para o ataque que a dupla proporciona e de um maior apoio a Matigol.

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