sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A opção chamada Carriço


Com a lesão de Rinaudo o Sporting perdeu o seu elemento chave numa posição fulcral do terreno. Responsável pelo equilíbrio defensivo do 11 um médio defensivo tem também de participar no ataque, pois numa equipa como o Sporting a primeira fase de construção passa pelo homem que ocupa esta posição.

Face à actual situação clínica dos vários elementos do plantel, Domingos tinha 3 hipóteses para substituir o argentino: André Santos (a mais óbvia), Daniel Carriço (a mais defensiva), Elias e Schaars (a mais atacante). Confesso que a opção tomada pelo treinador é a que menos me agrada, Carriço é um central de raiz, quando toca na bola é fácil observar que está a jogar fora da sua posição, os lances são abordados em esforço e a redondinha não flui naturalmente nos seus pés. Obviamente que as rotinas de um central são diferentes das dos médios defensivos (é mais difícil para um central jogar numa posição mais avançada do que vice verse), desde a intensidade do jogo até à pressão com a bola no pé.

No centro do campo tudo é mais rápido, é necessária mais disponibilidade física para as marcações e compensações, já que esta posição é uma espécie de "apaga fogos" que tem de ocupar várias zonas do terreno sempre que for preciso; ao mesmo tempo é recomendável uma boa qualidade de passe e a rápida temporização do jogo pois é aí o começo da construção do processo atacante.

No jogo da Luz o português andou semrpe um passo atrás de Aimar, com o Belenenses parecia que a equipa estava a jogar com 3 centrais, e mais não digo porque ainda forma poucos os jogos que o jovem central jogou nesta posição- verdade seja dita, contra o Zurique o jogador realizou uma boa exibição.

Com A.Santos no banco Domingos escusava de inventar desta maneira, o internacional português esteve durante uma época inteira a da provas da sua excelente qualidade naquela posição, e as exibições menos conseguidas que tem protagonizado este ano são facilmente ultrapassadas com minutos regulares de jogo. Ou me engano muito ou o técnico leonino acabará por se arrepender desta sua adaptação.

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