quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mourinho vs Barcelona


Estamos de final de 2011, depois de um ano e meio em Madrid Mourinho comanda a melhor equipa desde que é treinador. É uma miragem ver este Real perder pontos, as goleadas têm-se tornado rotina semanal, e a equipa pratica um excelente futebol. Há no entanto um pequeno senão, para os lados de Barcelona existe um equipa de extraterrestres que atropela qualquer adversário, é daqueles conjuntos que já marcou o seu lugar na história, secundarizando completamente o emblema da capital (tanto em títulos como em confrontos directos).

O Real Madrid ganha a todos e perde com o Barcelona, não há meio do "special one" inverter a tendência negativa. O último confronto foi um grande exemplo deste "complexo" de Mourinho contra os Blaugrana, depois de uma série imparável de 15 vitórias consecutivas e um golo marcado aos 30 segundos de jogo, o Real saiu vergando do Barnabéu por 1-3. Este jogo foi a confirmação de algo sobre o qual o português terá de reflectir: a táctica a utilizar nos jogos contra o grande rival.

Exceptuando as partidas da Supertaça (que por serem no inicio da época são partidas diferentes) o técnico efectuou pelos madrilenos 6 encontros contra o rival histórico- 4 derrotas, 1 empate e 1 vitória é este o saldo. Vejamos agora qual forma como Mourinho optou por jogar nestes 6 jogos.


-Nos 5-0 o técnico ainda esta "verde" (era o seu primeiro grande clássico espanhol), decidiu jogar da mesma forma que vinha jogando contra as outras equipas, 4 homens de ataque e 2 centro-campistas a "aguentar" o jogo. Foram os 90 minutos mais penosos da carreira do português.

-Na segunda volta Mourinho reservou uma surpresa, tirou o criativo (Ozil) e subiu Pepe para trinco, com mais um homem de pressão no meio campo os Blancos estiveram mais seguros e realizaram uma boa partida (1-1).

-No encontro seguinte jogava-se a final da Taça do Rei, Mourinho apostou na mesma estratégia da partida anterior, deu outra vez resultado e o Real ganhou o troféu (1-0).

-4º confronto, 1º mão da meia final da Champions no Barnabéu, o meio campo continuou composto por 3 homens e os madrilenos iam tranquilamente no terceiro clássico sem perder, até que o senhor Wolfgang Stark decidiu expulsar Pepe num lance inexistente. Com mais um os catalães não perdoaram e ganharam por 2 golos na casa do adversário.

-Para a 2º mão com Pepe castigado e a precisar da vitória o técnico voltou a apostar num criativo em vez do trinco, a partida esteve dividida mas o 1-1 final afastou os Merengues da final.

-Há 3 semanas veio o balde de água fria, vindo da série histórica de vitórias consecutivas o Real apresentou-se no Barnabéu como grande favorito, tal como na partida de há um ano a equipa entrou em campo bastante ofensiva com os 4 suspeitos do costume no ataque, não conseguiu controlar o meio campo catalão e acabou derrotada em casa.


Moral da história, Mourinho tem de perceber que montou uma estratégia que funciona com 99.99% das equipas do globo, mas não funciona contra o Barcelona. Contra os Blaugrana toda a táctica e identidade de jogo têm de ser radicalmente alteradas, para conseguirem um encontro equilibrado os Merengues têm de jogar em contra-ataque (seja em casa ou fora), pois essa é a única maneira de controlar minimamente a posse de bola adversária e diminuir os espaços entre linhas da defesa e do meio campo.

Os 3 jogos no qual Pepe foi utilizado a trinco, foram de longe os mais conseguidos. Com 3 homens no centro do campo Mourinho dá maior capacidade de pressão a esta zona, o luso-brasileiro preocupa-se exclusivamente em pressionar o portador da bola dando à equipa uma maior capacidade de recuperação da posse- apesar dos níveis de posse do Real continuarem bastante baixos, Pepe torna a posse de bola do Barcelona mais inconsequente. Alonso ganha liberdade para funções um pouco mais atacantes e é responsável por servir os 3 da frente, que com a velocidade e capacidade técnica conseguem decidir a partida de um momento para o outro.

É feio jogar defensivo, é complicado subordinar-se ao maior rival, e é estranho um clube desta dimensão ter 8 jogadores atrás da linha do meio campo. mas só desta forma é possivel maximizar as possibilidades de sucesso contra uma equipa extratosférica.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O equilibrio europeu

Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália, França e Portugal, são estes os primeiros campeonatos do ranking da UEFA. Têm todos em comum o equilíbrio no topo das respectivas tabelas classificativas.

AAA (sem nenhum perspectiva de baixa), é este o rating do equilíbrio no campeonato francês. Como acontece todos os anos (desde que o deixou de ganhar títulos) é muito difícil prever quem ganhará o troféu, Montpellier e PSG repartem a liderança Lille e Lyon seguem atrás (a 2 e 4 pontos respectivamente). Há uma luta a 4! Até podem surgir novos candidatos numa fase mais adiantada da prova (Marselha), nada de novo para um campeonato onde prever o campeão é tarefa de bruxo.

Por lados transalpinos a competição está a ser estranhamente equilibrada, habituados a ver os grandes de Milão conquistarem os títulos nos últimos anos esta época depara-mo-nos com Juventus e Udinese a comandar a prova seguidos pelo Milan e a Lazio, com um total de 2 pontos a separar o líder do 4ºclasificado. Este é o único campeonato onde vejo o equilíbrio como algo negativo, pois é sinónimo que não há grandes equipas verdadeiramente merecedoras do troféu. Muitos empates algumas derrotas e assim se vai assistindo a uma constante troca de posições nos lugares cimeiros. Longe vão os tempos em que Inter, Milan e Juventus eram verdadeiros "Papões".

Um pouco mais a Norte temos assistido a outra competição bastante equilibrada, com o Bayern à cabeça a liderança do campeonato alemão tem trocado algumas vezes de dono. O clube de Munique, o Schalke e os Borussias estão separados por apenas 4 pontos e nos jogos entre eles já mostraram que não há invenciveis, prometendo uma luta dura e emocionante até ao fim-embora na recta final penso que só um dos três aguentará fazer frente ao Bayern.

Nas terras de sua Majestade este é o ano da mudança, United e Chelsea passaram a ter um verdadeiro concorrente pelo titulo, o Manchester City. Os novos milionários têm 2 pontos de vantagem sobre os vizinhos e 7 sobre o clube londrino. Teoricamente 7 pontos não são sinal de equilíbrio nenhum, mas Inglaterra é um campeonato à parte em que a imensa competitividade das equipas médias causa muitos dissabores aos do topo da tabela.

Falta referir La Liga, um campeonato com um equilíbrio muito próprio, já que só existe entre Barcelona e Real, tudo o resto é secundário, esta época não tem sido excepção e a diferença ente ambos no máximo é de 3 pontos (dependendo se o Real ganhar o jogo que tem a menos). A diferença para o Valencia (3º) é de 7 pontos algo gigante numa liga com as características da espanhola onde perder pontos é algo que não consta no vocabulário das duas super-equipas.

Por cá 4 pontos separam o 1º do 3º e nenhum separar os dois da frente, é bom voltar a ver o campeonato competitivo sem diferenças abismais de 12 e 15 pontos. É seguro prever que será uma prova equilibrada até ao fim e o campeão até pode ser quem menos se espera...

As principais liga europeias só conseguem ser atractivas se tiverem como pano de fundo o equilíbrio na luta pelo titulo, este ano podemos estar descansados porque não temos campeonatos só até ao Inverno.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A opção chamada Carriço


Com a lesão de Rinaudo o Sporting perdeu o seu elemento chave numa posição fulcral do terreno. Responsável pelo equilíbrio defensivo do 11 um médio defensivo tem também de participar no ataque, pois numa equipa como o Sporting a primeira fase de construção passa pelo homem que ocupa esta posição.

Face à actual situação clínica dos vários elementos do plantel, Domingos tinha 3 hipóteses para substituir o argentino: André Santos (a mais óbvia), Daniel Carriço (a mais defensiva), Elias e Schaars (a mais atacante). Confesso que a opção tomada pelo treinador é a que menos me agrada, Carriço é um central de raiz, quando toca na bola é fácil observar que está a jogar fora da sua posição, os lances são abordados em esforço e a redondinha não flui naturalmente nos seus pés. Obviamente que as rotinas de um central são diferentes das dos médios defensivos (é mais difícil para um central jogar numa posição mais avançada do que vice verse), desde a intensidade do jogo até à pressão com a bola no pé.

No centro do campo tudo é mais rápido, é necessária mais disponibilidade física para as marcações e compensações, já que esta posição é uma espécie de "apaga fogos" que tem de ocupar várias zonas do terreno sempre que for preciso; ao mesmo tempo é recomendável uma boa qualidade de passe e a rápida temporização do jogo pois é aí o começo da construção do processo atacante.

No jogo da Luz o português andou semrpe um passo atrás de Aimar, com o Belenenses parecia que a equipa estava a jogar com 3 centrais, e mais não digo porque ainda forma poucos os jogos que o jovem central jogou nesta posição- verdade seja dita, contra o Zurique o jogador realizou uma boa exibição.

Com A.Santos no banco Domingos escusava de inventar desta maneira, o internacional português esteve durante uma época inteira a da provas da sua excelente qualidade naquela posição, e as exibições menos conseguidas que tem protagonizado este ano são facilmente ultrapassadas com minutos regulares de jogo. Ou me engano muito ou o técnico leonino acabará por se arrepender desta sua adaptação.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O erro de Jesus

Esteve quase a tornar-se natalícia a saga invencível dos homens da luz, foram mais de 20 jogos sem conhecer o sabor da derrota enfrentando adversários como o Sporting, Porto ou Manchester United. A fava calhou ao Marítimo e ditou a eliminação das águias na Taça de Portugal.

Depois da semana muito complicada e exigente que obrigou a equipa a um grande esforço físico, Jesus decidiu descansar várias peças fundamentais do 11 e fê-lo em todos os sectores. Do outro lado estava uma formação a jogar em casa, com uma série impressionante de jogos sem perder e que ocupa o 4º lugar da Liga. Benfica a meio gás contra Marítimo super motivado, era este o prato forte dos oitavos de final da Taça.

A derrota dos encarnados tem de ser apontada a Jorge Jesus, pois neste jogo quem pecou foi ele. Será que o treinador benfiquista não sabia que os insulares jogavam em casa e estavam num excelente momento de forma? Foram demasiadas alterações para um jogo tão importante. A equipa sentiu a falta da consistência de Maxi, dos desequilíbrios de Aimar e da voz de comando de Javi; opção por 2 avançados também não foi a melhor, já que é mais adequada aos jogos caseiros ou contra equipas de pequenas dimensão.

A verdade é que Jesus não necessitava de nada disto, bastava ter trocado o Guarda Redes e mais uma peça (por exemplo Nolito por Bruno César). Apesar da exigência dos últimos encontros a equipa teve quase uma semana para recuperar os níveis físicos, e estava com os níveis anímicos em alta, há jogo com o Otelul a meio da semana e só no outro fim de semana recomeça a liga, Jesus podia muito bem ter guardado as poupanças para o jogo com os romenos, que mostraram ser uma equipa frágil com muito menos qualidade que este Marítimo, o Benfica joga em casa e só precisa da vitória para passar em primeiro, sendo que o empate ou a derrota terão como única consequência o apuramento em segundo lugar. É portanto um cenário propício para alterar a equipa e descansar os principais jogadores, dando mais de uma semana de descanso entre o jogo da Taça e o da Liga- novamente contra os madeirenses.

O treinador encarnado que tantas alegrias deu aos adeptos, ainda não conseguiu ganhar nenhuma Taça de Portugal (nem sequer se vice) o que dava uma motivação extra à equipa e principalmente a Jesus, que não vai querer relembrar a sua história no clube sem nenhuma Taça ganha. Sabendo que nesta competição derrota é sinal de eliminação são ainda menos compreensíveis as poupanças do treinador.

Os encarnados perderam bem e o Marítimo teve muito mérito, fica a curiosidade para saber como será o encontro da Liga, com um Benfica a jogar na máxima força (ou perto disso) teremos um excelente espectáculo de futebol em perspectiva.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Um problema chamado Elias e Matias

Tem sido notório nos últimos jogos a aposta de Domingos em Matias e Elias no 11 inicial.

Tudo começou na partida frente ao Gil Vicente, devido à titularidade absoluta do brasileiro na Liga e ao excelente jogo do chileno na Europa foi experimentada a coexistência dos dois na equipa titular. Para não estragar o trio base do meio campo e aproveitando a face mais desequilibradora do chileno o treinador decidiu colocá-lo como extremo, o resultado desse encontro foi o melhor da época, no entanto, a exibição foi razoável tornando o resultado algo enganador, pois já vi o Sporting fazer exibições bem mais conseguidas esta época. Dentro dessa exibição razoável Matias e Elias nem foram dos que mais se destacaram, porém para quem não viu o jogo a grandeza do resultado dá ideia que a inclusão dos dois no 11 foi muito positiva.

Em primeiro lugar é de referir que a passagem do nº14 para extremo descaracteriza tacticamente a equipa, o 4-3-3 puro e bem oleado que tão boas exibições estava a dar perdeu a sua essência. O segredo deste novo Sporting está no pressing, a equipa tem dominado os jogos com uma pressão que começa nos 3 homens da frente e se alastra aos do meio campo, criando um bloco que não deixa o adversário sair a jogar (cuja consequência é a perda da bola), neste aspecto é muito importante a acção dos dois extremos rápidos e agressivos pois conseguem estar grande parte do jogo a pressionar os homens mais recuados. Comparando Carrillo com Matias vemos que o peruano é muito mais veloz e "mexido" que o chileno, e embora tenha poucas noções de recuperação e pressing a sua genica e velocidade são uma dor de cabeça constante para os homens que actuam mais atrás do terreno já que é comum ver o camisola 18 "chatear" constantemente o portador da bola.

Na vertente ofensiva surgem também alguns problemas, o chileno é intrinsecamente um médio atacante o centro do terreno é o seu habitat natural, por isso qualquer que seja a posição onde jogue inconscientemente ele acaba sempre por ir parar à zona central do campo. Este 4-3-3 é muito feito à base de desequilíbrios nas alas (o 2-1), onde é normal ver os laterais subirem na ala e procurarem o extremo para assim criarem maioria na lateral e conseguirem mais facilmente um desequilíbrio, se do lado esquerdo isto é feito na perfeição, no lado direito basta estar lá Matias para o J.Pereira ficar completamente desapoiado já que o médio em vez de abrir na ponta afunila-se para o meio, tornando os ataques apoiados na ala direita praticamente inexistentes.

Assim, a função criativa de Elias é um pouco ofuscada por Matigol ficando a equipa com 2 homens centrais a criar e sem ninguém a desequilibrar pela direita, o que eu vejo é a adaptação do chileno a extremo fazer descer o rendimento dele e o de Elias, a equipa fica com menor largura de jogo e este afunila muito mais, ou seja, são criados menos espaços no ataque.

A única solução para ambos coabitarem no 11 inicial é recuar Elias para médio defensivo (posição que pode perfeitamente fazer) colocando o camisola 14 como o homem mais criativo do meio campo. Domingos tem de perceber que ambos são óptimos jogadores (do melhor que o Sporting tem) mas só o conseguem mostrar jogando nas posições certas, e não forçando-os a jogarem em posições que não são suas, pois assim não é um mas são os dois que descem o seu rendimento- no caso do brasileiro está na posição certa mas é prejudicado pela posição errada do chileno.

sábado, 19 de novembro de 2011

Uma semana muito importante

Passadas tantas vitórias várias delas bastante complicadas este Sporting de D.Paciência tem agora dois desafios importantíssimos.

A recepção ao Braga vai permitir avaliar como está a equipa após o interregno para as selecções, será importante verificar se o pressing leonino continua nos níveis que estava (é sem dúvida a maior arma da equipa), já que com tanto tempo de paragem há algum risco da máquina ter enferrujado um pouco. No entanto, mais importante que a qualidade de exibição é a vitória, pois só ela permitirá a passagem à próxima eliminatória da Taça, uma competição que os leões querem ganhar, e manterá os níveis de confiança para o grande derby de Sábado.

Na Luz teremos o verdadeiro teste à equipa montada por D.Paciência, é verdade que faltam homens cruciais como Rinaudo um dos pilares do 11, Jeffren ou Izmailov que embora estejam de fora há bastante tempo seriam muito úteis, mas é nessa partida que o Sporting vai finalmente poder provar que está uma grande equipa equipa.Estou curioso para ver se Domingos vai alinhar com o 4-3-3 base com os dois extremos, ou se optará por jogar com Matias e Elias num 4-3-3 "coxo" jogando com um extremo puro de um lado e com um jogador mais central do outro, preferindo assim a posse de bola ao invés das transições rápidas e do jogo mais aberto. Eu jogaria com o 4-3-3 puro, pois é a táctica com que a equipa mais se identifica, sendo que a junção de Matias e Elias no 11 não potencia as qualidades de ambos e afunila demasiado o ataque, um jogador que encaixaria bem num 4-3-3 para este jogo era Izmailov, já que permite equilibrar a equipa ao mesmo tempo que consegue fazer a função de extremo e dar largura ao ataque leonino.

Quanto à questão do título muito se tem falado que depois de dia 26 vai-se clarificar se o Sporting é ou não um verdadeiro candidato, não concordo de maneira nenhuma com essa teoria, a equipa verde e branca já mostrou que tem consistência suficiente para enfrentar todo o campeonato, e mesmo que perca o jogo fica somente a 4 pontos da liderança quando ainda há muito campeonato para jogar.

Será a semana mais importante para o Sporting até ao momento, se passar nos testes provará aos cépticos e aos detractores que está mesmo de volta o GRANDE Sporting.

Análise ao actual momento leonino-Por I.Sima

Esta época marca uma mudança de paradigma pelos lados de Alvalade, Domingos Paciência que mostrou o seu talento para liderar clubes importantes, tanto no Braga como neste momento no Sporting, é o reforço mais significativo do “novo” Sporting. A nova faceta do leão acentou em várias contratações e numa grande aposta em jogadores estrangeiros, tal como Benfica e Porto fazem já há muitos anos.
A revolução no plantel foi claramente marcada pelos maus resultados da equipa nos últimos anos,em que os verdes e brancos só conseguiram levantar o troféu de campeões de portugal uma única vez, em 2001/02, e a taça de portugal por 3 vezes em 2001/02, 2006/07 e 2007/08.
Acerca do plantel e dos novos jogadores que chegaram a Alvalade, destaque principal para o defesa esquerdo Emiliano Insúa, o ponta de lança Ricky Wolfswinkel(pois os sportinguistas estavam a precisar dum ponta de lança matador e forte no duelo aéreo, ao contrário de Postiga que era mais um avançado movel), e claro o homem do momento , Diego Capel. O extremo esquerdo espanhol é claramente um dos motores da equipa, consegue leva-la ás costas e proporcionar alegria aos adeptos, isto graças ao seu estilo de jogo e à sua explosão quando tem a bola colada ao pé.
Não tirando mérito ao sector médio em que o Schaars e o Elias proporcionam grande tranquilidade ao meio campo, apoiando e pressionando alto, o que faz com que Sporting ganhe a bola rapidamente e assim tenha mais posse. A recém perda do trinco," patrão" do meio campo e o principal destruidor dos ataques das equipas adversárias Rinaudo, fez com que os leões tenham ficado sem um grande pilar do 11, pois André Santos não tem a mesma capacidade de defender e de destruir as jogadas como o argentino, embora tenha outros atributos ofensivos, mas para isso estão lá Matias e Elias.
A abertura de mercado está quase, em janeiro, portanto veremos se a direcção leonina vai investir num meio campista (para colmatar as perdas que a equipa sofreu), ou na compra de um defesa central,um dos sectores mais incostante da equipa de Domingos até ao momento.


Post feito por I.Sima

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Momento de forma no Dragão

A comitiva chega do Chipre e é recebida com insultos, 4 dias depois empata a 0 em Olhão, e há jogos decisivos da taça e da Champions a caminho. É esta a realidade no Dragão, algo nunca visto nos últimos anos que foram marcados por títulos, grandes exibições e um elevado grau de confiança- contrastando com o que se passava no Sul.

Nada dura para sempre e azuis e brancos algum dia iriam ter uma má fase (como já tiveram muitas outras). Esta fase já começou há vários jogos e muito mais que os resultados menos conseguidos as exibições é que têm sido preocupantes, de uma falta de qualidade e agressividade enorme, sendo esse o grande problema pois de jogo para jogo a equipa em vez de melhorar tem piorado, causando desconfiança em relação ao futuro- já que não se vislumbra uma luz ao fundo do túnel a nível exibicional.

Neste aspecto penso que a culpa tem de ser dividida entre 4 intervenientes: Vítor Pereira não está a conseguir manter o excelente trabalho de Villas Boas, pois se o 11 quase não mudou os resultado e a qualidade exibicional mudaram bastante (para pior obviamente), os jogadores parece que passaram a sofrer de amnésia nas pernas pois homens como Hulk ou A.Pereira (e muitos outros) perderam grande parte da sua capacidade desequilibradora que fazia a diferença e tornava o Porto numa autêntica máquina, a direcção preferiu investir (muitos) milhões em posições que estavam bem ocupadas em vez de fazer um bom investimento num grande ponta de lança, e os emblemas da 2ºcicular melhoraram muito o desempenho em relação à última época o que tem criado grande pressão ao Porto.

No entanto este "Porto em crise" está em 1º lugar no campeonato, a taça de Portugal e da Liga continuam a ser uma possibilidade e apesar dos maus resultados o apuramento para os oitavos de final da Champions também só depende dos Dragões, portanto se a equipa voltar a jogar à Porto ainda pode alcançar todos os objectivos da época.

P.S-Num próximo post desenvolverei com mais pormenor estes 4 factores que têm causado o mau momento da equipa

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Arbitragem Portuguesa, Feirense-Sporting


Começo este post por dizer que sou sportinguista (daqueles em que quase todo o coração está ocupado pelo amor ao clube) mas acima de tudo sou um apaixonado do futebol, esse desporto belo, imprevisível que não está exclusivamente preso à táctica proporcionado-nos momentos fantásticos.

Tal como nos outros desportos o futebol é susceptível a injustiças daí existirem os árbitros, esses senhores que podem ser chamados de reguladores dos encontros cuja função é zelar pela justiça do mesmo. No entanto para que a beleza e a qualidade de qualquer partida venham ao de cima é fulcral o árbitro não mexer na essência do jogo, ou seja, há que deixar a partida fluir por si própria e só intervir nos lances de estrita necessidade.

Por lances de estrita necessidade entende-se aqueles em que não há qualquer margem para outra decisão, tudo o resto cuja subjectividade é grande o árbitro não devia intervir, assim o jogo andaria tranquilamente ao seu próprio ritmo sem centenas de paragenzinhas forçadas. Uma comparação que não me canso de fazer é entre o nosso futebol e o inglês, enquanto cá a mentalidade instituída é a de que o bom árbitro é aquele que apita tudo, por terras de sua majestade ele é um figurante que apenas actua quando é realmente necessário, consequência: por cá temos tempos úteis de jogo miseráveis, jogadores que gostam mais de simular do que jogar, e partidas que acabam aos 75 minutos já que os últimos 15 são usados para se perder tempo e ganhar faltas; lá temos golos e muitas oportunidades em cada partida, e todos os jogos são verdadeiramente disputados até ao último minuto.

Posto isto, queria falar do árbitro do encontro entre Feirense e Sporting, existiram 3 lances muito polémicos de subjectividade máxima o juiz podia ter decidido para um lado ou para o outro, acabou o Sporting por beneficiar de duas decisões a seu favor enquanto o Feirense teve uma, para mim tinha sido os 3 a favor da equipa nortenha. No primeiro caso Elias é tocado, porém não foi suficientemente desequilibrado para cair de forma tão espectacular nem para se marcar uma decisão tão importante como a grande penalidade; na segunda decisão penso que o amarelo é exagerado pois é o amarelo que vale a expulsão, se fosse para levar o primeiro então concordava com a admoestação, agora aquela falta fazer com que o jogador saia do campo e a sua equipa jogue com dez é demasiado punitivo; por último o penalty sobre Schaars, o holandês vendo que está na área mal recebe a bola atira-se para o chão sendo que na queda bate contra o jogador do Feirense, é um lance perfeitamente normal no qual o árbitro deveria ter deixado jogar.

Qualquer que fosse a decisão a tomar André Gralha iria ser sempre criticado (em Portugal decidir é sinónimo de uma chuva de criticas), a opção recaiu sobre o apito fácil, a intensidade do jogo e a qualidade futebolística ficaram a perder. O meu sonho é e será ver os árbitros portugueses optaram pela via do "deixa jogar", a intensidade e qualidade da partida sairão muito beneficiadas, já para não falar do tempo útil muito maior e dos "experts" da simulação que abdicarão do teatro rapidamente.

Os adeptos leoninos fazem a sua parte alegando que o único erro do juiz foi não marcar o penalty sobre Elias, os outros adversários também já tiveram a sua dose de decisões a favor (a grande penalidade a favor dos dragões na 1º jornada é um exemplo flagrante) e cada um defende o seu clube, se os árbitros forem coerentes então não há problema nenhum, o problema é serem-no.

P.S-O jogo realizou-se há mais de uma semana e este era um assunto sobre o qual queria mesmo reflectir, devido á falta de tempo só me foi possível fazê-lo agora.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Outra vez a Bósnia!


Passaram 2 anos, a competição mudou mas o adversário é o mesmo, Portugal volta a encontrar a Bósnia num playoff.

Quando soube dos possíveis adversários a Bósnia era o que mais temia, desde que jogaram contra nós que ando de olho nesta selecção. Os resultados têm sido quase sempre positivos, com vários golos e um futebol bastante interessante; quem não se lembra da luta até ao último minuto entre bósnios e franceses pelo primeiro lugar do grupo? Apesar do 2ºlugar a equipa balcânica foi a mais concretizadora do grupo e o ataque é sem dúvida a sua grande arma.

Há vários jogadores interessantes no ataque Bósnio desde Pjanic a Misimoovic, mas Dzeko merece todo o protagonismo, é sem dúvida o homem da diferença nesta equipa, um extraordinário ponta de lança (para mim dos melhores do mundo) com características bastante variadas: excelente no jogo aéreo, tem uma completude física invejável que lhe permite "aguentar" uma defesa inteira todo o jogo, ao mesmo tempo é dotado de boa técnica (o golo contra a França é um excelente exemplo) desenvencilhando-se perfeitamente em lance e 1 para 1, e é exímio em conseguir espaço para os médios que vêm de trás.

Não é só a qualidade dos homens da frente que devemos temer, esta selecção tem outros factores a seu favor. É um país novo sem nenhuma participação numa grande competição futebolística, há dois anos esteve quase lá e desta vez de certeza que não irá querer morrer na praia outra vez, portanto é provável que enfrentemos uma Bósnia com níveis motivacionais de 1000%; o estádio e o ambiente também não ajudarão nada (apesar de neste capitulo Portugal há 2 anos ter passado no teste) é provável que a nossa selecção vá jogar num "batatal" apoiado por milhares de Bósnios barulhentos e eufóricos- para nosso bem a primeira mão é fora. Quero ainda ressalvar o factor experiência, há dois anos a equipa dos Balcãs era algo jovem, dois anos depois está mais madura, os seus principais elementos adquiriram bastante experiência (Dzeko e Pjanic principalmente) e as dinâmicas estão mais consolidadas, o facto deste ser o segundo playoff seguido é também bastante vantajoso pois na decisão de há 2 anos tudo era novo para os jogadores bósnios havia uma grande inexperiência por nunca terem presenciado uma decisão daquelas, 2 anos depois já passado o "choque inicial" é normal que já não haja aquela pressão do desconhecido.

É óbvio que esta selecção tem várias fragilidades que vão desde falta de homogeneidade do 11 (provocada pela pouca qualidade dos jogadores mais defensivos) há ainda pouca experiência em momentos decisivos (apesar de como falei estar melhor), e Portugal é claramente favorito.Só temos de jogar como fizemos em vários momentos da qualificação e não há lugar para jogos como o da Dinamarca pois nesse caso todos estes factores pró Bósnia poderão causar muitos problemas.


P.S-Por estarmos numa altura em que a competição clubística está ao rubro, é talvez um pouco fora de tempo fazer um post sobre a selecção, mas este era um assunto sobre o qual tinha bastante vontade de reflectir e por motivos de tempo só me foi possível fazê-lo agora.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Paragem do Campeonato, boa ou má?

Depois da selecção outro fim de semana ocupado, desta vez a competição foi a Taça de Portugal. Tenho visto várias críticas a esta opção de ficarmos 2 fins de semana sem liga, eu próprio já me estive a questionar se é vantajoso ou não.

Explicam os críticos que em nenhum outro campeonato europeu se fica tanto tempo sem liga (excepção feita ás paragens forçadas devido às condições climatéricas), argumentam que financeiramente é prejudicial para as equipas do principal escalão. e dizem que as pessoas querem é ver "bola a sério" e não jogos contra equipas de escalões inferiores onde se roda mais de metade da equipa.

Tudo isto é verdade, no entanto a outra face da moeda é bastante positiva e compensadora. A Taça é uma competição histórica e numa fase em que ainda estão várias equipas em prova, entre elas quase todas as principais ( 1º e 2º escalão), é justo que a competição possa ter um fim de semana só para ela. As equipas locais têm um dia de festa, com os seus (pequenos) estádios a abarrotar e uma receita que vale para o resto da época; os clubes dos principais escalões não precisam de se preocupar em mudar a equipa (há tanto tempo sem jogar os jogadores estão tudo menos cansados) e as 4 equipas "europeias" podem preparar os jogos europeus com calma e descansar os melhores.

Como não é algo frequente durante a época, ter a Taça ao fim de semana dignifica a competição e faz bem ao nosso futebol.

domingo, 16 de outubro de 2011

O problema dos árbitros portugueses


Criticar o árbitro! Acto cometido por 99% dos portugueses, antes durante ou depois da partida é uma acção que está enraizada no nosso futebol.Faz parte de todas as conversas de café discutir se aquilo era penalty ou se o jogador x foi bem expulso, é algo tipicamente português.

Eu, como orgulhoso português com uma paixão gigante pelo meu clube, também "fervo" e muitas vezes crítico irreflectidamente a arbitragem, no entanto depois da exaltação me passar gosto de analisar as coisas a frio. Depois de várias épocas a olhar para a actuação dos árbitros em Portugal cheguei a uma brilhante conclusão, a arbitragem portuguesa é...má.

O problema dos nossos árbitros não é errarem em lances chave da partida-desde o penalty que ficou por marcar, ao golo que foi em fora de jogo-pois nesse capítulo se formos a Espanha, Inglaterra ou Alemanha são cometidos os mesmos erros. O árbitro é humano e em centenas de decisões durante o jogo é normal que falhe algumas.

A minha critica vai no sentido dos grandes "hábitos" dos árbitros portugueses: apitarem demasiado (muito mesmo!) e passarem a mostrar cartões, depois de um erro crasso há sempre a mentalidade de se aplicar a teoria da compensação para as contas ficarem "ajustadas", e há sempre o estigma de se apitar contra os grandes.

A questão das demasiadas interrupções e cartões é para mim a mais irritante, não há nenhuma necessidade de todo o contacto físico ser falta, não é por apitar centenas de "faltinhas" durante o jogo que o senhor do apito vai impor mais respeito, nem é por amarelar grande parte dos jogadores que ele vai-se tornar melhor árbitro. Pelo contrário, a intensidade do jogo desce consideravelmente prejudicando-se bastante a qualidade do mesmo -e por consequência a do campeonato- com os jogadores entrar neste "jogo" caindo no chão ao mínimo toque e recorrendo várias vezes a simulações.

A teoria da compensação é algo que parece muito enraizado na mentalidade dos nossos árbitros, depois de um grande erro ou decisão controversa, os senhores do apito parece que abandonam a coerência das decisões e criam um jogo artificial onde o que conta é compensar a equipa prejudicada (ou supostamente prejudicada) em vez de se aplicarem correctamente as decisões- dos problemas que eu apontei este é aquele cuja generalização é menor, há árbitros que conseguem manter a coerência independentemente das circunstâncias.

Quanto há vantagem que os grandes têm em relação aos árbitros, este é daqueles temas muito pouco politicamente correctos, mas a verdade é que quando o jogo começa a influência do árbitro não é de 50% para cada equipa mas sim 55% ou 60% para os grandes. Isto não se verifica no penalty mal assinalado ou no golo mal anulado, é em decisões muito mais simples desde faltas a meio campo, amarelos forçados ou perdão dos mesmo, simulações que dão em falta, e muitas outras pequenas infracções que se vê verifica esta dualidade de critérios. No conjunto de 90 minutos de jogo e de 30 jogos do campeonato, está aqui uma excelente vantagem que os grandes aproveitam.

Como um excelente exemplo de quase tudo o que aqui apontei gostava de lembrar o Guimarães-Sporting da última jornada. Depois de Rinaudo ter sido expulso de forma muito exagerada- as tais expulsões que só acontecem em portugal- o senhor Bruno Paixão decidiu compensar os leões e passou o resto do jogo a assinalar faltinhas a meio campo e a amarelar os jogadores do vitória, tornando o jogo em algo muito aborrecido com os jogadores a passarem mais tempo no chão do que a jogar.

O meu sonho era um dia ver a arbitragem portuguesa equiparar-se à inglesa- de longe a melhor do mundo- porque quando a arbitragem melhorar nestes aspectos a nossa liga irá dar um salto qualitativo gigante.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A época do equilíbrio

Apesar do termo "3 grandes", tem sido raro encontrar um campeonato dividido a 3 até ao final, ou porque uns estão demasiado fortes e outros demasiado fracos, ou porque uns jogam com 10 e outros com 12, a verdade é que campeonatos equilíbradissimos foram sempre uma excepção na história.

Este ano é possível vislumbrar ao fundo do túnel uma disputa renhida entre os 3 mais poderosos do futebol português, é certo que nem 1/4 do campeonato foi jogado mas as previsões fazem-se com base em factos sendo um facto que Benfica e Sporting estão melhores este ano e que a diferença é apenas de 3 pontos- nas últimas épocas o Sporting tem-se habituado a diferenças muito superiores.

O Porto deixou de ser o bicho papão que amedrontava todos os adversários, a qualidade do seu futebol baixou -principalmente na vertente de controlo do jogo- e com isso aquele estigma de que quando entra em campo o Porto "mandão" vence de certeza o jogo, tem-se dissipado.

O Benfica por seu turno está a fazer o movimento inverso, a confiança está em alta e as sucessivas vitórias passam a pressão para o lado azul, complementado tudo isto -e como factor mais importante- as águias estão com um plantel muito mais diversificado e com um grau qualitativo bem superior ao da época passada -principalmente nas opções atacantes- o que mostra que a equipa de Jesus é perfeitamente capaz de ombrear com os dragões até Maio.

Como outsider surge o Sporting, apesar de se falar sempre numa luta a dois a equipa de Domingos está apenas a 3 pontos do 1º, e este está a mostrar uma equipa cada vez mais mecanizada e consistente. Sabendo que a qualidade do plantel está a anos luz ao da época passada, é bom para Benfica e Porto que comecem a preocupar-se um pouco mais com este Sporting -apenas para seu próprio bem.

Um Porto que tem Hulk ou Moutinho, um Benfica com mais soluções, e um Sporting com mais qualidade, são este os principais ingredientes desta época. O campeonato é que sai a ganhar e...que ganhe o melhor!


P.S-Não inclui o Braga neste post pois penso que os minhotos não conseguirão acompanhar este luta, por outro lado, será o ano de consolidação como o 4º melhor clube do pais.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Uma injustiça chamada Hulk



2ºjornada da Copa América, o Brasil ocupa o 2ºlugar do grupo-que é comandado pela Venezuela!-em igualdade pontual com o Paraguai, 2 pontos, 2 golos marcados e sofridos é o saldo da equipa canarinha.

Sempre que há uma competição importante-desde o Mundial à Copa América- a expectativa em torno dos jogadores que vão ser convocados é grande, isto deve-se ao facto da selecção brasileira ter matéria prima para fazer-no mínimo-dois planteis de top, e como tal, quando os 23 jogadores são anunciados há sempre quem ache injusto, pois o X e o Y mereciam estar no plantel e o A e o B não tinham qualidade para pertencer aos convocados. Marcelo, Anderson ou Leandro Damião poderiam lá estar mas estão Adriano, Elias ou Jádson, é-e será-sempre subjectivo quem são os mais merecedores da convocação, mas para tornar as coisas objectiva é a decisão do treinador que conta e é com ela que os adeptos têm de se "amanhar".

No entanto há um caso que considero uma flagrante injustiça, o de Hulk. Penso que Mano Menezes teve um tratamento preconceituoso devido ao jogador actuar na Liga Portuguesa e não ter participado na Champions. o avançado portista não só devia ter sido convocado como devia ser titular indiscutível desta selecção, não percebo o que Fred tem a mais, não considero a época de Pato e Robinho melhor e penso que Neymar é ainda algo inexperiente contra defesas "europeus", para além de me questionar se a competitividade da Liga Ucraniana é maior que a da portuguesa (obviamente que não).

Hulk é mais completo que qualquer um destes avançados, o seu pé esquerdo é mágico, fisicamente é muito forte, rivaliza com qualquer velocista, tecnicamente é capaz de pormenores deliciosos e grandes jogadas, marca golos e assiste e pode estar a fazer um mau jogo que num ápice faz um grande lance e decide a partida. Portanto o que era preciso o Sr Mano Menezes exigir mais para convocar o atleta? Talvez ainda dizer-lhe que o avançado fez mais de 20 golos e várias assistências nas várias competições que o Porto ganhou, que foi campeão nacional melhor jogador e marcador da Liga, ou que maravilhou a Europa ganhando a Liga Europa com exibições de encher o olho, ou ainda que joga há vários anos no 4-3-3-já experimentou todas as posições da frente de ataque-e por isso está plenamente identificado com a táctica da selecção.

Até os jornalistas Brasileiros já se renderam à enorme qualidade e às características únicas do "Incrível", só falta mesmo Mano Menezes abrir os olhos e parar com esta tremenda injustiça, pois desse modo talvez a média de golos suba do 1-e a canarinha mostre realmente que é das melhores selecções do mundo.

domingo, 29 de maio de 2011

Balanço da Época Portuguesa


2010/2011 é uma época que fica para a história, os clubes portugueses conquistaram a Europa e o país conseguiu ficar em 1º lugar-pela primeira vez na história-no ranking da UEFA.

Começando pelo final, as equipas de 2º e 3º linha da Liga tiveram uma prestação normal. A descida do Portimonense e da Naval não causa surpresa a ninguém-o mesmo acontecia se muitas outras equipas da liga descessem- e os apuramentos para a Europa foram para as equipas do costume. Uma nota mais para o P.Ferreira que esteve quase a classificar-se para a UEFA (7º), foi à final da Taça da Liga e bateu-se com adversários como o Porto, Sporting ou Braga, tudo isto praticando um futebol bastante atractivo com um orçamento muito limitado.Uma nota menos para o Marítimo que com o seu excelente plantel-principalmente o ataque- devia ter lutado pela Europa, ao invés de fazer uma época decepcionante (13º).

As grandes decepções ficaram pela 2º circular, Sporting e Benfica fizeram uma época muito abaixo dos objectivos propostos. O Sporting começou a época já em "depressão", a época anterior e as más contratações feitas ditaram este mau inicio que se expandiu pelo resto da época. O terceiro lugar conquistado de forma muito sofrida (na última jornada), a distância de mais de 30 pontos para o campeão e as eliminações nas 3 taças conseguiram tornar a época dos leões pior que a anterior. Foi deprimente para os adeptos verde e brancos ver a (triste) demissão do seu presidente, os constantes maus resultados em casa e principalmente o paupérrimo futebol praticado pelos leões sempre com poucos golos, pouca imaginação no meio campo e dando sempre uma parte de avanço (uns jogos a 1º outros a 2º) aos adversários.

Do outro lado da estrada, mora um adversário que apesar dos melhores resultados as desilusões também foram maiores. Se tivesse o hábito de gastar o meu dinheiro em casas de apostas, no inicio da época este teria ido para aposta que dissesse "Benfica campeão 2010/2011". A época anterior tinha sido brilhante, este ano havia a Champions e as vendas de Di Maria e Ramires pareciam ter sido colmatadas, mas um início de época desastroso marcou a temporada inteira. As derrotas com Porto, Académica, Nacional e Guimarães tornaram uma equipa em estado de graça, numa equipa (super) pressionada e contestada, que tardava em afirmar-se. A partir daí Salvio e Gaitan perderam toda a margem de manobra e viu-se que ainda não estavam preparados para substituir os outros dois sul-americano, só começando a render à seria a partir de Dezembro-correspondendo consequentemente à melhor fase do Benfica durante a época.

Vários elementos nucleares da época anterior-Saviola, Javi, Maxi...-também tardaram em recuperar o pleno de forma, juntando-se ainda Roberto que sendo o guarda-redes mais caro da história do futebol português conseguiu estar directamente ligado a várias derrotas do clube da luz durante toda a temporada-desde os jogos iniciais até ao jogo da liga com o Porto. As várias derrotas importantes (e grandes) com o grande rival do Norte foram humilhantes para as águias, juntamente com o objectivo de seguir em frente na Champions que acabou barrado num modesto 3ºlugar do grupo .

No entanto é justo dizer, que de Dezembro a Maio vimos um Benfica excepcional ao nível da época anterior, praticando um futebol que nem o Porto foi capaz de praticar, dando sempre espectáculo conseguindo assim uma impressionante série de 18 vitórias consecutivas. Mas o que fica é um Benfica pouco consistente e irregular, com uma diferença de qualidade tremenda entre o onze e o banco e com um único titulo na bagagem. Dentro das lágrimas todas a única alegria foi mesmo Coentrão.

Como tem sido a moda dos último anos, o grande vitorioso da época foi o norte, Braga (ou Bragão) e Porto orgulharam o país com as suas prestações europeias.

No Minho moraram verdadeiros guerreiros, e se a última época tinha sido excelente, esta roçou a perfeição. Um terceiro lugar perdido apenas na última jornada-para um clube com um orçamento muito maior- e um percurso europeu épico foram a consequência da melhor época da história bracarense. Foi com grande satisfação que todos os portugueses viram Celtic, Sevilha, Liverpool, D.Kiev... tombar ás mãos de um "tal" clube português chamado Braga.

E porquê tanta vitória?É muito simples, um grupo de trabalho completamente unido, uma equipa consistente e 3 ou 4 jogadores que conseguiam fazer a diferença. Conseguimos ver um Braga de duas faces, aquele que quando enfrentava adversários mais fortes (teoricamente)-principalmente na Europa- estudava muito bem o adversário e fazia um jogo bastante pragmático, na maioria dos casos dando algum domínio ao adversário, e viu-se o Braga poderoso e dominador quando enfrentava adversários mais fracos, procurando assumir o jogo com ampla posse de bola e várias oportunidades de golo.

Por fim há que referir a máquina chamada Porto, uma equipa que ganhou quase tudo e terminou a época apenas com 4 derrotas, sendo que na liga ficou invicto. Foi histórico para os azuis e brancos humilharem o Benfica várias vezes, maravilharem a Europa com vitórias atrás de vitórias, e claro, conseguirem fazer a (mini) tripla.

O adjectivo "máquina" tem de ser aplicado de forma literal na caracterização desta equipa, é impressionante ver os automatismos e a forma como jogam de olhos fechados e de forma compacta, o mesmo se pode dizer da leitura que os dragões fazem dos jogos, se é preciso abrandar os dragões descem o ritmo de jogo, quando é preciso assumir a partida o pressing total é feito ou se é preciso arriscar então a equipa corre todos os riscos possíveis, no entanto parece sempre ser tudo detalhadamente calculado e os resultados aparecem sempre. Não podemos também esquecer que Hulk e Falcão na equipa tornam as coisas muito mais simples.

Este Porto é uma das melhores equipas portguesas de sempre, e só não pode aspirar ao título da Champions porque há clubes europeus de outro planeta.

Para o ano teremos um campeonato mais equilibrado (era desastroso se não o fosse) com um Porto a manter a pujança, um Benfica incógnito, um Sporting mais forte e um Braga a cimentar o seu estatuto de 4ºgrande.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mourinho e o Barcelona


O futebol espanhol está ao rubro, pela primeira vez os dois colossos vão-se enfrentar 5 vezes numa época.Até agora o equilíbrio é o factor dominante, e se o Barcelona tem o saldo de golos claramente a seu favor (6-2), o Real já tem um título na sua posse.

Antecipando já o futuro, com a vitória dos catalães na liga a corrida aos títulos vai ficar empatada (sabendo-se obviamente da importância da liga em relação à taça), por isso vão ser as duas eliminatórias das Champions a desempatar este empate cada vez maior.

Mourinho está a "entender" cada vez melhor cada vez melhor a máquina catalã e já percebeu que há uma táctica para jogar contra (quase) todos os adversários e uma táctica especial para jogar contra o Barcelona, pois essa é mesmo uma equipa de outro planeta.

Nos 5-0, a fatalidade foi Mourinho ter estudado o Barça como um outro adversário qualquer no qual usou a mesma táctica de sempre, mas o o problema é que o meio campo blanco foi sempre demasiado fraco para o domínio que o Barcelona exerce naquela zona, que é o coração de toda a máquina, sendo assim foi fácil para a equipa catalã instalar-se no meio campo do adversário e encontrar várias brechas para criar oportunidades e fazer 5 golos.

No 1-1 Mourinho mostrou porque é o special one, errou e tirou total partido dos erros. A colocação de Pepe no meio campo foi uma jogada de mestre, com essa região do campo muito mais forte e com Pepe a jogar solto ao lado dos outros dois médios Mourinho deu propositadamente o domínio do jogo ao Barça no seu meio campo defensivo mas cortou totalmente as linhas de passe no último terço do terreno, assim a inclusão de Pepe possibilitou sempre ter mais um homem a pressionar a bola e os catalães tiveram poucas oportunidades. Mal a recuperação era feita Ronaldo e Di Maria, aproveitando a sua rapidez, partiam logo para o contra ataque, criando muitos dissabores ao líder do campeonato.

Na partida da Taça a 1ºparte foi 100% Blanca, com a Pepe a surgir mais adiantado que os dois médios (na fase da recuperação da bola e do pressing) o Real conseguiu pressionar muito mais a frente não deixando Xavi e Iniesta ter a bola, com isso conseguiu o domínio do jogo. Na 2ºparte fruto do desgaste da 1º, do elevado tempo a jogar com menos 1 no fim de semana e obviamente porque o Barcelona é uma excelente equipa, os homens de Mourinho foram-se completamente abaixo fisicamente, e por sorte o jogo seguiu para o prolongamento.

Mourinho está a emperrar cada vez mais a máquina catalã e no jogo de 4ºfeira (que é no Barnabéu) se a equipa estiver bem fisicamente acredito que aquilo que aquilo que vimos no Mestalla possa durar bem mais tempo do que a 1ºparte.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Título Espanhol

Finalizada a 23ºjornada temos Real e Barça separados por apenas 5 pontos. À semelhança do ano passado a luta está muito renhida e a distância para o 3ºlugar (10 pontos) mostra claramente que vai ser um campeonato a 2 até ao fim. A grande pergunta é: será que o Real de Mourinho vai conseguir recuperar os 5 pontos ao Super Barcelona de Guardiola?

Esta máquina chamada Barcelona se jogar com o seu 11 base tem 99% de hipóteses de ganhar e golear (seja qual for o adversário), a equipa é totalmente homogénea e joga de olhos fechados, fazendo das goleadas uma rotina todos os fins-de-semana. No entanto, penso que os Blaugrana estão demasiado agarrados ao seu 11 titular. Em virtude de uma época onde as lesões têm quase nulas, Guardiola tem apostado muito pouco na rotatividade do plantel. Afellay, Bojan, Keita, Jeffrén,etc, têm poucos minutos e não estão nada rodados na equipa principal; quando pensamos que a época entra agora na fase crucial e o Barça quer fazer o triplete, estes jogadores da 2ºlinha vão ser importantíssimos pois as pilhas de Messi e companhia têm de ser recarregadas e precisam de substitutos, para além das lesões que aparecem de forma imprevisível. Posto isto, a verdade é que a segunda linha da equipa Catalã seja por falta de rodagem ou super qualidade do 11, está claramente abaixo dos titulares.

Quanto ao Real, dos nossos portugueses, o seu onze está claramente abaixo do rival, Mourinho ainda não conseguiu estabilizar uma equipa titular fixa, teve de utilizar vários jogadores que não tem qualidade para jogar em Madrid-Albiol, Arbeloa ou Léon-pois o azar bateu ao à porta do treinador português já que os castigos e (principalmente) as lesões tem fustigado o plantel, o que originou um grande cansaço nos equipa principalmente nos 4 da frente, a consequência foi a perda de alguns pontos e várias vitórias sofridas (depois de um início de época fulgurante), mas o Real resistiu e "só" está 5 pontos atrás do Barça. Adebayor foi contratado e Kaká está cada vez mais perto da forma ideal, portanto penso que (se nada de extraordinário acontecer) os Madrilenos têm 6 homens de extrema qualidade para ocupar as 4 posições do ataque.

Este 11 do Barça é lendário mas não se sabe como reagirá em caso de mudanças e imprevistos, os Madrilenos apesar de terem um 11 pior já passaram por várias adversidades e iniciam esta fase decisiva da época preparados para tudo. A nós resta-nos esperar que o espectáculo continue.

domingo, 30 de janeiro de 2011

O valor da taça da Liga

Joga-se este fim-de-semana a última jornada da fase de grupos da Bwin Cup, não acontecendo nenhuma surpresa teremos um dérby lisboeta nas meias-finais.

Esta terceira competição nacional tem sido alvo constante e críticas e controvérsia. Desde a sua criação vários interrogavam-se se a taça fazia sentido, já que o pouco prestígio, o não acesso a um lugar europeu e o modelo de participação tornavam-na pouco competitiva e desinteressante.

No nosso país cada vez que algo novo é criado a tendência é sempre para torcer o nariz e apontar os defeitos, somos demasiado caretas para dar uma oportunidade ás coisas novas.

Em primeiro lugar as pessoas têm de entender que o prestígio se ganha com o tempo, qualquer campeonato ou taça só chega ao grau de prestigiante passados vários anos a mostrar que é bom e competitivo. A Taça de Portugal tem quase 90 anos de competição, é muita coisa comparado com os quatro anos de existência da Taça da Liga, portanto há que dar tempo e deixar a competição solidificar.

A (agora) Bwin Cup veio ocupar um espaço deixado pela diminuição de clubes na liga, já que 30 jogos na 1º ou 2º Divisão mais uns quantos da Taça de Portugal (e para uma elite a Europa) era pouco para as (trinta e duas) principais equipas portuguesas. Os clubes precisam de jogar e esta competição é mais uma aliciante, para além de poderem juntar mais um troféu á sua galeria, os clubes podem rodar os plantéis e dar oportunidade a jovens jogadores. Ao termos mais uma competição os espectadores é que ganham, vão haver clássicos e derbis sendo mais uma oportunidade para os adeptos presenciarem e viverem estes (emotivos) jogos, é sempre bom para qualquer adepto quando o seu clube joga contra um rival ou um adversário forte e esta Taça proporciona isso.

Outro factor bastante motivante é o monetário, há um patrocinador e um canal de televisão que apostaram forte na competição,a Bwin e a SIC com os patrocínios e direitos televisivos tornam a competição a nível financeiro totalmente viável e com grande visibilidade; que ganha com isto são os clubes, pois têm bons prémios de participação (bastante importante nos clubes mais pequenos), os jogadores têm através da televisão uma grande montra de exposição e com a probabilidade de jogos grandes as receitas de bilheteira ficam sempre a ganhar.

Foi amplamente menosprezada nas suas primeiras edições, mas aos poucos a Taça da Liga tem vindo a ganhar o seu espaço e as perspectivas futuras são bastante animadoras.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O mandato de Bettencourt

Não chegou a 2 anos a vida de Bettencourt como presidente do Sporting, uma vida curta para quem falava em "forevers" e ambicionava voltar a colocar o Sporting na rota dos titulos.

Apesar de não acontecer muitas vezes, quando Bettencourt concorreu à Presidência a minha opinião era igual á esmagadora maioria dos sportinguistas, era o presidente certo para o Sporting voltar a ser o grande Sporting. Fazia parte da direcção no último grande momento da equipa (titulo 01\02) e teve um papel importante e meritório no grande trabalho dessa direcção, para além de que no momento da candidatura tinha vários nomes de peso a apoiá-lo; mas verdade verdade é que tudo isto falhou e o Sporting está agora pior, financeira e desportivamente, que há dois anos atrás, o clube regrediu em vez de evoluir.

Primeiramente há que referir um factor de extrema importância, a presidência é muito diferente de um cargo na direcção, o presidente tem de ter um projecto, assumir as decisões, impor-se perante todos os outros, dar a cara sempre que é preciso,etc. É ele o comandante do barco todo o resto são remadores (falando apenas da direcção), e sempre que as coisas correm mal e o barco encalha é ao comandante que são pedidas explicações e feitas as criticas. Para alguém chegar á presidência, precisa de ter estofo, pois aguentar todos os imprevistos e criticas que são naturalmente feitas não é para qualquer um.

Depois de passados quase estes dois anos vemos que Bettencourt não teve estofo para o cargo, pareceu sempre vulnerável ás criticas sem grandes ideias próprias, não conseguiu impor a sua voz num clube cheio de vozes, para além de que deu a cara muito poucas vezes para a quantidade de situações que aconteceram durante o seu mandato.

Outro handicap da sua presidência foram as transferências (aí a culpa é repartida por vários) tanto nas compras como nas vendas o Sporting não esteve nada bem. Falharam-se demasiadas contratações-Angulo, Caicedo, Torsiglieri, etc- e o dinheiro não é desculpa pois gastaram-se seis milhões para comprar um jogador que actualmente está emprestado, e apesar de se terem contratado alguns bons jogadores (Valdez ou Matias) não se conseguiu trazer ninguém que fizesse realmente a diferença. Nas vendas a tendência foi a mesma, Moutinho e Veloso renderam uns míseros 18 milhões aos cofres leoninos sendo que o primeiro ainda foi reforçar um rival.

É claro que nem tudo foi mau, há que referir que Bettencourt deu o máximo e liderou nos limites para fazer o melhor trabalho possível neste clube que ama mas a falta de qualidade que demonstrou não lhe deixou fazer melhor.

Bettencourt sai em baixa e criticado por todos os sectores leoninos, como presidente não me deixa saudade nenhuma mas espero que não se afaste do clube porque é um sportinguista apaixonado.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Consequências (ou não) da primeira derrota de Vilas Boas

Domingo 24 de Janeiro de 2010, o Porto de AVB finalmente perdeu, estava difícil mas aconteceu. Um simples jogo da Taça da Liga transformou-se na noticia mais falada dos últimos dias, e não é para mais, pois agora há uma questão a colocar, esta derrota vai ou não afectar o rendimento da equipa azul e branca?

O mais provável é no próximo Sábado AVB pôr a jogar perante os seus adeptos a equipa titular o Porto voltar a ganhar, contra o Nacional vários suplentes foram utilizados, a defesa estava bastante alterada o meio campo e o ataque sem vários titulares e o Guarda-Redes suplente mostrou que não tem lugar nesta equipa. Não vimos Otamendi, Moutinho ou Falcão, sendo por isso esperado para a último jornada da 1ºvolta um Porto praticamente na máxima força (Álvaro Pereira e Fucile estão em dúvida).

Mas para uma equipa que só ganha a primeira derrota é sempre marcante, seja com que jogadores for e em que competição for, já que é algo novo uma situação que este grupo nunca teve de enfrentar, e por mais forte que o grupo seja, no jogo seguinte enquanto o empate persistir (ou se a equipa estiver a perder) os fantasmas da última derrota vão inevitavelmente voltar, daí que se no jogo contra o Maritimo o Porto não marcar cedo, o nervosismo vai começara aumentar e o Maritimo pode muito bem aproveitar esse factor.

Em suma, um Porto dominador e entrar forte pode resolver logo o jogo tornando-o em mais uma jornada da liga banal, um Porto que chegue ao intervalo sem estar a vencer pode complicar muito o jogo e fazer com que Benfica e Sporting encurtem distâncias.