O Sporting pode orgulhar-se de ter passado sempre ao lado dos casos de corrupção que estalaram no futebol português. Mas como isto dos abusos de poder é algo intrínseco ao ser humano e não escolhe cor clubística, na última semana ficaram os leões com a batata, vendo um dirigente seu (PPC) associado a um caso de polícia.
Este caso tem tanto de inesperado como de estranho, mas acima de tudo é bom que a verdade venha ao de cima, se isso prejudicar algum dirigente, clube ou árbitro, será o prémio justo para quem cometeu esta ilegalidade imperdoável. Contudo, pelos péssimos exemplos anteriores (muito maus mesmo) é provável que fiquemos só pelos arguidos e que daqui a uns tempos o caso seja arquivado.
Com culpados ou sem culpados, há estranhezas que saltam facilmente à vista: como é que alguém que ocupou altos cargos na PJ considerado um profissional de grande capacidade no meio, manda um empregado seu fazer um depósito sabendo que os bancos têm câmeras que visualizam tudo? Ou há aqui uma teoria da conspiração, ou PPC pecou por excesso de confiança, ou não programou bem o seu plano. Qualquer uma das teses é válida.
E o "timing" em que o caso explodiu na imprensa? Tudo se desenrolou em Dezembro, o Sporting vinha de uma fase péssima, e apenas em Abril quando as vitórias na Uefa e sobre o Benfica começavam a moralizar o clube, a matéria surge. Demasiada coincidência este "timing" bastante estratégico e (in)oportuno para tornar o assunto público.
Resta-nos deixar o tempo passar e esperar que se faça justiça, independentemente das consequências.
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