Joga-se este fim-de-semana a última jornada da fase de grupos da Bwin Cup, não acontecendo nenhuma surpresa teremos um dérby lisboeta nas meias-finais.
Esta terceira competição nacional tem sido alvo constante e críticas e controvérsia. Desde a sua criação vários interrogavam-se se a taça fazia sentido, já que o pouco prestígio, o não acesso a um lugar europeu e o modelo de participação tornavam-na pouco competitiva e desinteressante.
No nosso país cada vez que algo novo é criado a tendência é sempre para torcer o nariz e apontar os defeitos, somos demasiado caretas para dar uma oportunidade ás coisas novas.
Em primeiro lugar as pessoas têm de entender que o prestígio se ganha com o tempo, qualquer campeonato ou taça só chega ao grau de prestigiante passados vários anos a mostrar que é bom e competitivo. A Taça de Portugal tem quase 90 anos de competição, é muita coisa comparado com os quatro anos de existência da Taça da Liga, portanto há que dar tempo e deixar a competição solidificar.
A (agora) Bwin Cup veio ocupar um espaço deixado pela diminuição de clubes na liga, já que 30 jogos na 1º ou 2º Divisão mais uns quantos da Taça de Portugal (e para uma elite a Europa) era pouco para as (trinta e duas) principais equipas portuguesas. Os clubes precisam de jogar e esta competição é mais uma aliciante, para além de poderem juntar mais um troféu á sua galeria, os clubes podem rodar os plantéis e dar oportunidade a jovens jogadores. Ao termos mais uma competição os espectadores é que ganham, vão haver clássicos e derbis sendo mais uma oportunidade para os adeptos presenciarem e viverem estes (emotivos) jogos, é sempre bom para qualquer adepto quando o seu clube joga contra um rival ou um adversário forte e esta Taça proporciona isso.
Outro factor bastante motivante é o monetário, há um patrocinador e um canal de televisão que apostaram forte na competição,a Bwin e a SIC com os patrocínios e direitos televisivos tornam a competição a nível financeiro totalmente viável e com grande visibilidade; que ganha com isto são os clubes, pois têm bons prémios de participação (bastante importante nos clubes mais pequenos), os jogadores têm através da televisão uma grande montra de exposição e com a probabilidade de jogos grandes as receitas de bilheteira ficam sempre a ganhar.
Foi amplamente menosprezada nas suas primeiras edições, mas aos poucos a Taça da Liga tem vindo a ganhar o seu espaço e as perspectivas futuras são bastante animadoras.
domingo, 30 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
O mandato de Bettencourt
Não chegou a 2 anos a vida de Bettencourt como presidente do Sporting, uma vida curta para quem falava em "forevers" e ambicionava voltar a colocar o Sporting na rota dos titulos.
Apesar de não acontecer muitas vezes, quando Bettencourt concorreu à Presidência a minha opinião era igual á esmagadora maioria dos sportinguistas, era o presidente certo para o Sporting voltar a ser o grande Sporting. Fazia parte da direcção no último grande momento da equipa (titulo 01\02) e teve um papel importante e meritório no grande trabalho dessa direcção, para além de que no momento da candidatura tinha vários nomes de peso a apoiá-lo; mas verdade verdade é que tudo isto falhou e o Sporting está agora pior, financeira e desportivamente, que há dois anos atrás, o clube regrediu em vez de evoluir.
Primeiramente há que referir um factor de extrema importância, a presidência é muito diferente de um cargo na direcção, o presidente tem de ter um projecto, assumir as decisões, impor-se perante todos os outros, dar a cara sempre que é preciso,etc. É ele o comandante do barco todo o resto são remadores (falando apenas da direcção), e sempre que as coisas correm mal e o barco encalha é ao comandante que são pedidas explicações e feitas as criticas. Para alguém chegar á presidência, precisa de ter estofo, pois aguentar todos os imprevistos e criticas que são naturalmente feitas não é para qualquer um.
Depois de passados quase estes dois anos vemos que Bettencourt não teve estofo para o cargo, pareceu sempre vulnerável ás criticas sem grandes ideias próprias, não conseguiu impor a sua voz num clube cheio de vozes, para além de que deu a cara muito poucas vezes para a quantidade de situações que aconteceram durante o seu mandato.
Outro handicap da sua presidência foram as transferências (aí a culpa é repartida por vários) tanto nas compras como nas vendas o Sporting não esteve nada bem. Falharam-se demasiadas contratações-Angulo, Caicedo, Torsiglieri, etc- e o dinheiro não é desculpa pois gastaram-se seis milhões para comprar um jogador que actualmente está emprestado, e apesar de se terem contratado alguns bons jogadores (Valdez ou Matias) não se conseguiu trazer ninguém que fizesse realmente a diferença. Nas vendas a tendência foi a mesma, Moutinho e Veloso renderam uns míseros 18 milhões aos cofres leoninos sendo que o primeiro ainda foi reforçar um rival.
É claro que nem tudo foi mau, há que referir que Bettencourt deu o máximo e liderou nos limites para fazer o melhor trabalho possível neste clube que ama mas a falta de qualidade que demonstrou não lhe deixou fazer melhor.
Bettencourt sai em baixa e criticado por todos os sectores leoninos, como presidente não me deixa saudade nenhuma mas espero que não se afaste do clube porque é um sportinguista apaixonado.
Apesar de não acontecer muitas vezes, quando Bettencourt concorreu à Presidência a minha opinião era igual á esmagadora maioria dos sportinguistas, era o presidente certo para o Sporting voltar a ser o grande Sporting. Fazia parte da direcção no último grande momento da equipa (titulo 01\02) e teve um papel importante e meritório no grande trabalho dessa direcção, para além de que no momento da candidatura tinha vários nomes de peso a apoiá-lo; mas verdade verdade é que tudo isto falhou e o Sporting está agora pior, financeira e desportivamente, que há dois anos atrás, o clube regrediu em vez de evoluir.
Primeiramente há que referir um factor de extrema importância, a presidência é muito diferente de um cargo na direcção, o presidente tem de ter um projecto, assumir as decisões, impor-se perante todos os outros, dar a cara sempre que é preciso,etc. É ele o comandante do barco todo o resto são remadores (falando apenas da direcção), e sempre que as coisas correm mal e o barco encalha é ao comandante que são pedidas explicações e feitas as criticas. Para alguém chegar á presidência, precisa de ter estofo, pois aguentar todos os imprevistos e criticas que são naturalmente feitas não é para qualquer um.
Depois de passados quase estes dois anos vemos que Bettencourt não teve estofo para o cargo, pareceu sempre vulnerável ás criticas sem grandes ideias próprias, não conseguiu impor a sua voz num clube cheio de vozes, para além de que deu a cara muito poucas vezes para a quantidade de situações que aconteceram durante o seu mandato.
Outro handicap da sua presidência foram as transferências (aí a culpa é repartida por vários) tanto nas compras como nas vendas o Sporting não esteve nada bem. Falharam-se demasiadas contratações-Angulo, Caicedo, Torsiglieri, etc- e o dinheiro não é desculpa pois gastaram-se seis milhões para comprar um jogador que actualmente está emprestado, e apesar de se terem contratado alguns bons jogadores (Valdez ou Matias) não se conseguiu trazer ninguém que fizesse realmente a diferença. Nas vendas a tendência foi a mesma, Moutinho e Veloso renderam uns míseros 18 milhões aos cofres leoninos sendo que o primeiro ainda foi reforçar um rival.
É claro que nem tudo foi mau, há que referir que Bettencourt deu o máximo e liderou nos limites para fazer o melhor trabalho possível neste clube que ama mas a falta de qualidade que demonstrou não lhe deixou fazer melhor.
Bettencourt sai em baixa e criticado por todos os sectores leoninos, como presidente não me deixa saudade nenhuma mas espero que não se afaste do clube porque é um sportinguista apaixonado.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Consequências (ou não) da primeira derrota de Vilas Boas
Domingo 24 de Janeiro de 2010, o Porto de AVB finalmente perdeu, estava difícil mas aconteceu. Um simples jogo da Taça da Liga transformou-se na noticia mais falada dos últimos dias, e não é para mais, pois agora há uma questão a colocar, esta derrota vai ou não afectar o rendimento da equipa azul e branca?
O mais provável é no próximo Sábado AVB pôr a jogar perante os seus adeptos a equipa titular o Porto voltar a ganhar, contra o Nacional vários suplentes foram utilizados, a defesa estava bastante alterada o meio campo e o ataque sem vários titulares e o Guarda-Redes suplente mostrou que não tem lugar nesta equipa. Não vimos Otamendi, Moutinho ou Falcão, sendo por isso esperado para a último jornada da 1ºvolta um Porto praticamente na máxima força (Álvaro Pereira e Fucile estão em dúvida).
Mas para uma equipa que só ganha a primeira derrota é sempre marcante, seja com que jogadores for e em que competição for, já que é algo novo uma situação que este grupo nunca teve de enfrentar, e por mais forte que o grupo seja, no jogo seguinte enquanto o empate persistir (ou se a equipa estiver a perder) os fantasmas da última derrota vão inevitavelmente voltar, daí que se no jogo contra o Maritimo o Porto não marcar cedo, o nervosismo vai começara aumentar e o Maritimo pode muito bem aproveitar esse factor.
Em suma, um Porto dominador e entrar forte pode resolver logo o jogo tornando-o em mais uma jornada da liga banal, um Porto que chegue ao intervalo sem estar a vencer pode complicar muito o jogo e fazer com que Benfica e Sporting encurtem distâncias.
O mais provável é no próximo Sábado AVB pôr a jogar perante os seus adeptos a equipa titular o Porto voltar a ganhar, contra o Nacional vários suplentes foram utilizados, a defesa estava bastante alterada o meio campo e o ataque sem vários titulares e o Guarda-Redes suplente mostrou que não tem lugar nesta equipa. Não vimos Otamendi, Moutinho ou Falcão, sendo por isso esperado para a último jornada da 1ºvolta um Porto praticamente na máxima força (Álvaro Pereira e Fucile estão em dúvida).
Mas para uma equipa que só ganha a primeira derrota é sempre marcante, seja com que jogadores for e em que competição for, já que é algo novo uma situação que este grupo nunca teve de enfrentar, e por mais forte que o grupo seja, no jogo seguinte enquanto o empate persistir (ou se a equipa estiver a perder) os fantasmas da última derrota vão inevitavelmente voltar, daí que se no jogo contra o Maritimo o Porto não marcar cedo, o nervosismo vai começara aumentar e o Maritimo pode muito bem aproveitar esse factor.
Em suma, um Porto dominador e entrar forte pode resolver logo o jogo tornando-o em mais uma jornada da liga banal, um Porto que chegue ao intervalo sem estar a vencer pode complicar muito o jogo e fazer com que Benfica e Sporting encurtem distâncias.
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